Radar Negro

Black Brazil Art oportuniza artistas a participarem da segunda edição de residência

O evento digital, que tem como tema deste ano Fluxos(In)Fluxo: Transitoriedade, encerra as inscrições nesta segunda-feira, 15. O objetivo do programa é a realização de uma experimentação artística, que durará cerca de dois meses, e irá explorar o tema “transitoriedade”, ao oportunizar artistas de todo o Brasil a desenvolverem suas criações, individuais ou coletivas.

O programa de Residência Artística Virtual Compartilhada foi criado pela Black Brazil Art (BBA), um instituto independente que estimula a pluralidade artística da criação e de seus criadores; valorizando e incentivando a diversidade de gênero e raça, muitas vezes negligenciadas no meio artístico.

Para promover esse evento, a BBA está em parceria com a fundação Njabala Foundation; que dá espaço aos diálogos feministas por meio da arte, através de exposições e programas de atividades, direcionados às mulheres.

Como vai funcionar

Para coordenar as programações, teóricas e práticas, durante todo o desenvolvimento da Residência, mentorias de diversas nacionalidades estão confirmadas, como Brasil, França, Uganda, Reino Unido e Portugal. Recentemente, os nomes que estarão presentes foram elencados na página do instagram da BBA. São eles:

  • Dra. Annette Williams (Ph.D. em filosofia e Religião com concentração em Espiritualidade Feminina pelo California Institute of Integral Studies em San Francisco – EUA);
  •  Dr. Antonio Curley (Diretor do Programa de Mestrado e Professor Associado de Administração de Artes da Florida State University – EUA);
  •  Martha Kazungu (Curadora e historiadora de arte ugandense, mestre em artes verbais e visuais africanas com foco em curadoria e mídia na África pela University of Bayreuth – Alemanha);
  •  Maliciouz (Artista e muralista canadense).

Em um mundo contextualizado após uma crise pandêmica, em que a liberdade de ir e vir foi restrita; o sistema artístico foi também afetado, os “fluxos” foram interrompidos. Portanto, a Residência Artística Virtual incitará novos questionamentos, despertares e imersões, que irão resgatar o conceito de transitoriedade, por meio das peças artísticas desenvolvidas.

Segundo o site oficial do Instituto BBA, o programa se concentrará em Migração e Memória: “Estamos presos em um momento paradoxal em que testemunhamos o crescimento da intolerância religiosa e a relação à (in)diferença, ao mesmo tempo em que experimentamos um abandono das definições tradicionais de comunidade e cultura inerente. Também estamos extremamente interessados na formação da memória – tanto individual quanto coletiva.”.

Saiba detalhes

Em busca da democratização da arte, o curso não exige pré-requisitos para inscrição. No entanto, possui uma taxa individual no valor de R$ 65,00 e, para coletivos artísticos, de até cinco integrantes, o valor da inscrição é R$ 150,00. 

As aulas ocorrerão virtualmente por 13 semanas, com três encontros por semana e um sábado por mês. No final dessa trajetória, projetos serão selecionados para serem expostos na 3ª Bienal Black e no International Association of Women’s Museums (Rede Internacional de Museus Femininos). Além disso, poderá ser cedido espaço físico para a construção do projeto criado durante a Residência.

Para se inscrever na Residência Artística Virtual Compartilhada, basta acessar o site.

Foto de capa: Rodnae Productions/Pexels.

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