Festival Teatro Preto Infantojuvenil encerra com programação gratuita em Salvador

O Festival Teatro Preto Infantojuvenil encerra a 1ª temporada no próximo domingo, 20 de outubro, com espetáculos, oficina, roda de conversa e contação de história, em Salvador (BA). Com uma programação cultural voltada para o público infantojuvenil, o evento divulga a importância de celebrar a diversidade cultural e a ancestralidade étnica. Os ingressos custam R$ 40 (inteira) e R$ 20 (meia) e podem ser adquiridos pela plataforma Sympla.

O festival também irá oferecer atividades gratuitas, com o objetivo de incentivar a participação das crianças e das famílias em uma experiência imersiva na cultura afro-brasileira.

Às 10h, a atriz e autora Cássia Valle apresenta a contação de história baseada no livro infantil “Calu, uma menina cheia de histórias”. A narrativa aborda temas como ancestralidade, identidade e cultura por meio das aventuras de uma garota criativa e curiosa, convidando o público a refletir sobre as próprias raízes de forma lúdica e envolvente.

Na sequência, Cássia Valle se junta à autora Luciana Palmeira para uma tarde de autógrafos, onde o público terá contato com a coleção “Meu Primeiro Black Power – Heroínas da Liberdade”. Os livros contam a história de quatro mulheres que lutaram contra a escravidão no Brasil, com temáticas de liberdade e resistência, uma linguagem acessível e ilustrações vibrantes voltadas para crianças a partir de quatro anos.

Às 11h, Emillie Lapa e Natalyne Santos apresentam “Mariar – Um Mar de Poesias”, uma contação de histórias que combina teatro, música e poesia para retratar de forma lúdica o cotidiano de mulheres negras marisqueiras. O espetáculo celebra o universo poético do manguezal, enquanto reflete sobre a força e ancestralidade dessas mulheres.

A multi-instrumentista Emillie Lapa ministrará uma oficina, a partir das 14h, que tem como objetivo envolver as crianças na descoberta da sonoridade ancestral por meio do pandeiro, proporcionando uma experiência divertida e educativa.

Nas hora seguinte, acontece a roda de conversa “Griotagem: trilhando caminhos justos na educação e formação humana”, com as educadoras Emillie Lapa, Kátia Letícia e Natalyne Santos. O debate será focado em estratégias pedagógicas antirracistas e na implementação da Lei 10.639/03, que prevê o ensino da história e cultura afro-brasileira nas escolas, como ferramenta no combate ao racismo estrutural.

Para encerrar o festival, às 16h, será realizado o espetáculo “O Sarauzinho da Calu”, vencedor do Prêmio Braskem de Teatro 2020. A narrativa é sobre uma menina negra que, por meio de anotações, mergulha em um universo de símbolos da cultura afro-brasileira. Com coreografias que resgatam memória e identidade, a montagem proporciona uma experiência de reflexão sobre questões importantes para o público infantojuvenil.