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Fundo Agbara destaca iniciativas de impacto em livro sobre filantropia negra

O livro “Histórias da Filantropia Negra que Transformam Comunidades”, lançado na sexta-feira passada, 29, traz cases de instituições espalhadas pelo Brasil e que já receberam aporte do Fundo Agbara, primeiro fundo filantrópico voltado a mulheres negras na América Latina, em parceria com a Rede Comuá, Rede de Filantropia e Justiça Social.

Segundo a diretora-executiva do Fundo Agbara, Aline Odara, a obra fortalece a trajetória de instituições de filantropia que, com o aporte financeiro do Fundo Agbara, puderam ampliar suas práticas nos territórios e reforça a agenda da instituição.

Aline Odara e Fabiana Aguiar – Fundadoras do Fundo Agbara. Foto: Reprodução.

“Democratizar o campo da filantropia e dar espaço e protagonismo para iniciativas comunitárias de mulheres negras, que são profundamente comprometidas com a Justiça Social é o nosso objetivo“, afirma a líder.

Segundo Graciela Hopstein, diretora executiva da Rede Comuá, o lançamento do e-book é um importante passo para projeção do que tem sido feito na filantropia brasileira. “O trabalho do Fundo Agbara, que integra a Rede Comuá, demonstra como apoiar mulheres negras em seu protagonismo e mostra como a transformação comunitária contribui para a justiça socioambiental”, afirma.

Até dezembro de 2023, a organização tem como meta ampliar em 35% o atendimento a pessoas LGBTQIAPN+ e mulheres afro-indígenas. Com isso, pretende expandir os seus projetos locais, estabelecendo colaborações com programas governamentais de aceleração e parcerias com instituições de ensino e educação.

Um dos focos centrais é potencializar a formação de empreendedores por meio do curso de Transmutação Têxtil, que engloba o ensino de corte e costura e incentiva abordagens criativas por meio do reaproveitamento de materiais.

Já no estado da Bahia, o coletivo “Guerreiras Sem Teto”, da cidade de Simões Filho, e o Instituto “Rainhas do Mar”, em Santo Amaro, são outras iniciativas que receberam o apoio do Fundo Agbara e têm impactado positivamente a vida de centenas de pessoas. O “Guerreiras Sem-Teto” surgiu a partir do Movimento Sem Teto da Bahia (MSTB) em 2005 para enfrentar conflitos cotidianos e combater a violência contra as mulheres.

O instituto oferece orientações sobre direitos urbanísticos e ambientais, além de auxílio na elaboração de planos e projetos populares. O diferencial é a conexão profunda com o seu público alvo, que é o protagonista, já que a organização é concebida por pessoas que vivem nas próprias comunidades, o que resulta em um entendimento genuíno de suas necessidades.

O e-book está disponível para download gratuito no site do Fundo Agbara desde o dia 29 de setembro.

Foto de capa: Reprodução.

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