A primeira edição do Festival Moda de Favela está chegando em Fortaleza (CE), nesta terça-feira, 3, e vai até o sábado, 7, promovendo uma experiência de aprendizado e celebração criativa. Durante essa semana, os participantes terão a oportunidade de participar de uma série de eventos em locais variados, incluindo o Museu da Imagem e do Som (MIS), Soulest Espaço Criativo, Barraca Foi Sol e Pracinha da Cultural, no bairro Vicente Pizón.
O Festival oferecerá uma variedade de atividades, desde minicursos de modelagem e oficinas de beleza e maquiagem até debates sobre moda, tecnologia e redes. Além disso, os participantes terão a chance de explorar a produção fotográfica e audiovisual em oficinas dedicadas a essa modalidade.
A moda é uma manifestação de expressão e identidade, e esse festival é o palco para celebrar a criatividade das favelas da Capital cearense.
Mesa de abertura
O destaque do evento será a abertura, que acontecerá no Museu da Imagem e do Som, oferecendo uma plataforma para discussões sobre moda, favela e sustentabilidade. Na terça-feira, 3, a partir das 18h, o tema “Moda, Favela e Sustentabilidade no Corre” promete uma mesa de abertura com convidados renomados nacionalmente.
Dentre eles, destacam-se Hisan Silva, 25 anos, natural de Salvador (BA), CEO e Diretor Criativo na marca baiana Dendezeiro, criada há quatro anos juntamente com Pedro Batalha. Foi um dos nomes na lista da Forbes Under 30 em 2022, e foi citado como um dos três brasileiros designers de moda com impacto global na lista da plataforma internacional Hypebeast (The Next 100).
Além disso, Lia Alves, designer de moda, atriz, modelo, figurinista e stylist. Residente em Fortaleza, é formada em Design de Moda pela Universidade Federal do Ceará (UFC). Atualmente, atua como designer da marca esportiva Ranishi Fitness, na qual realiza a criação de estampas personalizadas. Além disso, assinou figurinos para os shows de Mateus Fazeno Rock.
E Aliciane Barros, mulher preta, mãe de Julia, Isaac e Zaila. Turismóloga de formação, afroempreendedora, proprietária da marca CearAfro e coordenadora da Feira Negra de Fortaleza. A mediação ficará a cargo de Nair Beatriz, estudante de Ciências Sociais, produtora de moda de favela e CEO da marca Mancuda.
Minicursos
A partir de quarta-feira, 4, haverá minicursos com vagas limitadas e inscrição prévia pelo formulário, que passeiam por variadas linguagens da moda. No sábado, 7, haverá o encerramento do Festival e os participantes inscritos receberão certificados de conclusão de 12 horas de curso.
O curso “Estética, Beleza e Performance” ministrado por Wendy Candyr e Helen de Sá, promoverá formas de conhecer e entender rosto e corpo através da automaquiagem e performance de passarela. Já o minicurso de “Introdução à Modelagem” com Eve Nery, será introduzido a modelagem através de técnicas simples de tiragem de medidas, uso correto das réguas básicas do modelista e construção de base.
No minicurso de “Produção Visual de Baixo Custo”, contamos com Caio Vieira, Doug Souza e Mateus Lucas para introduzir a fotografia e o audiovisual de moda desde o básico ao uso das redes sociais.
O I Festival Moda de Favela ainda encerrará com uma celebração na Barraca Foi Sol, trazendo a comunidade local e os amantes da moda, arte e tecnologia juntos para celebrar uma semana de aprendizado e criatividade.
Confira a programação completa
03/10/2023
Mesa “Moda, Favela e Sustentabilidade no Corre”
Onde: Auditório do Museu da Imagem e do Som (MIS)
Horário: 18h
04 a 06/10/2023
Minicurso “Estética, Beleza e Performance”
Onde: Museu da Imagem e do Som (MIS)
Horário: 08h às 12h
04 a 06/10/2023
Minicurso “Introdução à modelagem”
Onde: Pracinha da Cultura Vicente Pinzon
Horário: 14h às 18h
04 a 06/10/2023
Minicurso “Produção visual de baixo custo”
Onde: Soulest espaço criativo (Barraca Foi Sol)
Horário: 14h às 18h
Foto de capa: Carll Souza e Nair Beatriz.
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Estudante de Jornalismo na Universidade de Fortaleza (Unifor). Vê no fazer jornalístico o poder de tocar e conscientizar as pessoas através de histórias e vivências, principalmente as que não costumam ser o foco da sociedade: vindas da periferia. Sempre fui próxima da escrita, mas para além disso, busco escrever para o meu povo, para quem quer ler sobre afro referências, cultura da favela, manifestos raciais. Por isso, o jornalismo negro é o caminho que busco percorrer em minha carreira.