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Liniker é primeira mulher preta trans imortalizada na Academia Brasileira de Cultura

A cantora, compositora e atriz Liniker é a primeira mulher preta trans Imortal na Academia Brasileira de Cultura (ABC), em cerimônia realizada neste mês de novembro, no Rio de Janeiro, juntamente com outras 12 personalidades.

Entre as novas imortais estão representantes negras, como a atual ministra da Cultura Margareth Menezes, a cantora e compositora Alcione e a linguista e escritora Conceição Evaristo. A artista ocupará a cadeira 51, que foi da cantora Elza Soares.

Foto: Divulgação/ABC

“Estar em pé no Brasil sendo uma travesti preta é muito difícil. Ser a primeira vez que uma travesti é empossada na Academia Brasileira de Cultura é muito importante e é fundamental para a cultura do nosso país, que abre esse mapa de diversidade, esse mapa de excelência, porque, sim, somos excelentes”, disse Liniker em seu discurso de posse.

A cantora, que também é atriz, empresária e artista visual, reforçou a importância do ingresso de mais “pessoas pretas e LGBTQIA+” nos próximos empossamentos. “Eu fico muito feliz de ter uma voz e poder cantar para tantas pessoas que também se sentem representadas pelo meu canto”, afirma.

Como atriz, Liniker foi protagonista da série Manhãs de Setembro, premiada como melhor série de ficção no Grande Prêmio do Cinema Brasileiro. Na ocasião, a artista não foi convidada para a cerimônia. Na trama, ela interpreta Cassandra, uma mulher transexual que descobre um filho de dez anos, antes de sua readequação de gênero. A obra está disponível no Prime Video.

Foto de capa: Divulgação/ABC

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