O Museu Afro Brasil Emanoel Araujo realiza neste sábado, 9, das 9h às 18h, a 4ª edição da MAB – MARGENS, feira de artes gráficas que busca refletir sobre “as margens” enquanto espaço – fronteira de produções, de artistas e coletivos que nem sempre são visibilizados no cenário das artes visuais.
Por isso, o museu se propõe a oferecer seu espaço às tais produções, visando a venda, o diálogo e as trocas entre artistas e público, possibilitando o fomento da diversidade e a valorização das produções marginalizadas. A feira tem como objetivo reunir artistas e coletivos independentes, oferecendo um espaço de divulgação e venda de suas produções gráficas.
Para esta 4ª edição, foi lançado um chamamento público, divulgado via redes sociais e site do Museu, por meio do qual foram selecionados 20 artistas e coletivos pela Comissão de Seleção formada por profissionais de diferentes núcleos de trabalho do Museu, além dos convidados externos.
Alex Hornest, artista multidisciplinar (pintor, escultor e multimídia); Alexandre Bispo, curador e crítico de arte. A seleção buscou abarcar trabalhos alinhados às artes gráficas, a partir do edital da feira, cujo portfólio apresentasse unidade temática na produção e que retratassem a diversidade social brasileira.
“A experiência do diálogo direto com os diversos artistas, a caminhada lenta durante a observação das ofertas visuais, muitas vezes trabalhos recentes e experimentais, e o valor acessível dos objetos são grandes atrativos para estar na 4ª Feira de Artes Gráficas MAB Margens. Além disso, ainda que possamos ver artistas negros presentes em galerias de arte comerciais e em grandes exposições em São Paulo, as feiras gráficas promovem um ambiente de interlocução e dinamismo por entre artistas que não foram pinçados pelo circuito dominante das artes. Se lembrarmos que o próprio fundador do espaço que nos acolhe, Emanoel Araujo (1940-2022), iniciou sua carreira artística no universo gráfico, teremos outros indicativos do quanto a manutenção e incentivo às práticas independentes são importantes para o fortalecimento da autonomia e da multiplicidade da arte feita por artistas negros e negras”, comenta Tiago Gualberto, artista convidado do evento.
Como nas outras edições da feira, o evento contará com um espaço para alimentação, com a venda de bebidas e de quitutes do tabuleiro baiano do Alcides.
A 4ª MAB – MARGENS acontecerá na marquise do Museu, localizada na área externa do pavilhão Padre Manoel da Nóbrega no Parque Ibirapuera, próximo ao Portão 10. O acesso será livre e sem a necessidade de inscrições prévias. Vale ressaltar, que no dia da feira a entrada do Museu Afro Brasil Emanoel Araujo será gratuita.
Confira abaixo a lista dos artistas e coletivos selecionados para o evento:
Ana Valente, Andrea Lalli, Bianca Raposo, CaiOshima, Catarina Dantas, Coletivo Fora da Garrafa, Daniel Santana, Davi Aguiar, Dnego Justino, Gilberto Tomé, Lucas Fernandes, Lucas Lima, Luiza Nasser, Oberas, Pedro Augusto dos Santos, Rafa Black, Ramitla, Sabres, Thiago Vaz, Xiloceasa.
Artista e coletivo convidado: Tiago Gualberto, Xiloceasa
SERVIÇO
4ª edição MAB MARGENS – Feira de Artes Gráficas
Data e horário: 09/12, das 10h às 18h.
Local: Marquise do Museu Afro Brasil Emanoel Araujo
Endereço: Parque Ibirapuera, Portão 10 (Estacionamento pelo Portão 3)
Sobre o Museu Afro Brasil Emanoel Araujo:
O Museu Afro Brasil Emanoel Araujo é uma instituição da Secretaria de Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo, administrada pela Associação Museu Afro Brasil – Organização Social de Cultura. Inaugurado em 2004, a partir da coleção particular do seu idealizador e fundador, Emanoel Araujo (1940-2022), o museu é um espaço de história, memória e arte.
Localizado no Pavilhão Padre Manoel da Nóbrega, dentro do mais famoso parque de São Paulo, o Parque Ibirapuera, o Museu conserva, em cerca de 12 mil m2, um acervo museológico com mais de 8 mil obras, apresentando diversos aspectos dos universos culturais africanos e afro-brasileiro e abordando temas como religiosidade, arte e história, a partir das contribuições da população negra para a construção da sociedade brasileira e da cultura nacional. O museu exibe parte deste acervo na exposição de longa duração e realiza exposições temporárias, além de diversos eventos dentro de sua programação.
Foto de capa: Davi Aguiar Lacerda
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