O Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura (CDMAC) anuncia nova curadoria do Cinema do Dragão, em Fortaleza (CE). O curador, montador, pesquisador e crítico baiano Fabio Rodrigues Filho substitui Kênia Freitas, curadora e programadora do Cinema do Dragão desde março do ano passado. O espaço cultural está perto de completar 10 anos de existência.
O Cinema do Dragão se consolida como um ambiente plural e democrático de fruição e pensamento, que vem trabalhando para ampliar a formação de plateias e avançar na acessibilidade sensorial e cultural. Isso com a realização de mostras, seminários, debates, lançamentos de livros, sessões com trilha ao vivo, além de outras iniciativas que possibilitaram ao público acessar cinematografias dissidentes do circuito comercial, assim como grandes títulos a preços simbólicos.
Durante a seletiva para a curadoria do Cinema, realizada em 2022, quando Kênia Freitas foi escolhida para substituir Pedro Azevedo, Fabio Filho foi um dos candidatos que se destacou, apresentando um projeto de curadoria alinhado com o Cinema do Dragão. Com a saída de Kênia, o novo gestor assume as funções de curador e programador.
Conforme declara Fabio Rodrigues Filho, a ideia é seguir com a efetivação das políticas públicas pensadas para o audiovisual e com a expansão das ações do Cinema extra salas; sempre valorizando a pluralidade, o cinema negro, o cinema indígena, o cinema feito por mulheres, por pessoas LGBTQIAPN+ e as produções independentes (em particular as produções cearenses e nordestinas).
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Conheça Fabio Rodrigues Filho
Fabio Rodrigues Filho é doutorando em Comunicação Social na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), na linha Pragmáticas da Imagem, é mestre pela mesma Universidade. Baiano, graduou-se na Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB) com pesquisa sobre a história do cinema brasileiro à luz dos atores negros.
Ele compôs a comissão de seleção de festivais, mostras e laboratórios, a exemplo do FestCurtasBH (2019 a 2023), Goiânia Mostra Curtas (2022 e 2023), DiaLab (2018), Festival Internacional do Audiovisual Negro (2020 e 2021), etc. Ao longo dos anos, contribuiu com o festival CachoeiraDoc em diversas funções (curadorias, júri, design, mediações, etc). Realizador e montador dos filmes “Tudo que é apertado rasga” (2019) e “Não vim no mundo pra ser pedra” (2022).
Atualmente, trabalha na montagem do longa-metragem “Mulheres do Bando” (direção de Thamires Vieira). É membro do grupo de pesquisa Poéticas da Experiência. Cineclubista, coordenou o Cineclube Mário Gusmão e participou do Cine Tela Preta, Cinema em Vizinhança, dentre outros. Como crítico, tem colaborado com textos em publicações diversas. Em 2023, foi um dos tutores e oficineiro no Lab Negras Narrativas Amazônicas. Co-coordenador do Festival Fluxo-Fixo (fluxofixo.com). É também cartazista de filmes e tem atuou como professor de montagem em cursos livres de escolas, como Porto Iracema das Artes, Vila das Artes, CCBJ, Escola Livre de Cinema de Belo Horizonte e Escola de Cinema Zumbi dos Palmares.
Foto de capa: Divulgação.
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