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Conceição Evaristo protagoniza capa digital da Marie Claire

Cotada como a primeira mulher negra a ocupar uma cadeira na Academia Brasileira de Letras, a escritora Conceição Evaristo reflete sobre sua infância, a carreira em ascensão e o estado da luta antirracista no país. Ela é uma das maiores referências da literatura brasileira da atualidade, e fala sobre a importância de enxergar a vida com afeto e empatia – seja no cotidiano, ou na escrita – em entrevista para a capa digital da revista Marie Claire.

Foto: Larissa Kreili

Mesmo diante de perdas e obstáculos pelo caminho, a escritora encontrou no ofício uma maneira de libertar-se de uma realidade nem sempre fácil de ser encarada – dom este que a ajudou a ser eleita imortal na Academia Mineira de Letras, e cotada para uma cadeira na Academia Brasileira de Letras. Os detalhes da conversa sobre sua vida pessoal e carreira já estão disponíveis no site do veículo.

Construindo um legado na escrevivência, Conceição Evaristo logo percebeu que suas experiências de vida – felizes, marcantes ou turbulentas – serviriam de referência, inspiração e base para tecer as suas próprias histórias literárias. Mesmo com um talento inegável e uma escrita única, como uma mulher negra, a escritora conta que demorou a se reconhecer como merecedora do seu espaço e conquistas, e ressalta a importância da luta antirracista no combate a essa realidade, compartilhada por tantas.

“A gente precisa continuar se preocupando em não abaixar a guarda. Porque se muita gente encarar as questões raciais como moda. A moda, você sabe, passa rápido. Então a gente precisa insistir que as ações antirracistas sejam feitas por justiça e por direito. Manter pessoas negras em cargos de liderança não é bonitinho. A história da escravização perdura na sociedade. Então é uma conversa constante que precisa ser introjetada tanto por nós, negros, como pelas pessoas brancas. Não é para as empresas ficarem bem nos rankings e parecerem progressistas”, reflete Conceição.

Foto de capa: Larissa Kreili

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