Priscila Santana é uma profissional que atua em diversas frentes e se destaca na cena da música mundial. Dentre os muitos trabalhos liderados por ela, está o SummerStage Festival 2024, realizado em Nova Iorque e conhecido por ser um dos maiores dos Estados Unidos, no qual assumiu o papel de curadora e gestora de programação.
“É uma honra estar como curadora em um dos maiores festivais dos Estados Unidos. Como mulher negra, ocupar esse espaço de liderança não é apenas uma conquista pessoal, mas também um símbolo poderoso de que estamos quebrando barreiras e desafiando estereótipos profundamente enraizados”, conta.
No evento, o trabalho de Priscila está relacionado à curadoria e à coordenação de cerca de 80 eventos culturais gratuitos – incluindo o prestigiado Charlie Parker Jazz Festival -, nos sete parques localizados nos corações dos cinco bairros da cidade, do Central Park ao Bronx, Brooklyn, Queens e Staten Island. São mais de 250 artistas contratados para aproximadamente 80 shows.
“Temos um comprometimento com 50% de mulheres na nossa programação e, no geral, temos mais de 80% de artistas que são considerados não brancos. Como um festival que existe há 37 anos, ele foca em trazer uma programação tão diversa quanto é Nova York. Para esta edição, teremos artistas pop como Corinne Bailey Rae, divas do jazz como Andra Day, Christian MCBride… Do Brasil, nossa diva do samba Alcione e, também, Larissa Luz”, afirma.
Mais sobre Priscila Santana
Nascida e criada em Salvador (BA), Priscila cresceu com uma bagagem rica de influências culturais e a paixão pela música como ferramenta para realizar mudanças sociais. Sempre pensando em dar visibilidade à diversidade musical e cultural, ela liderou a Prima, iniciativa governamental que levou oportunidades para mais de 1.500 estudantes brasileiros de escolas públicas.
Além disso, atualmente, Priscila é doutoranda em Música na Columbia University-Teachers College, e a pesquisa dela se concentra nas intersecções entre liderança, políticas culturais nas artes e estudos feministas negros.
Como musicista, é regente da Companhia Internacional de Ópera Brasileira e lidera um grupo de samba exclusivamente feminino. Também é coordenadora voluntária do Coletivo Kilomba – uma coalizão de mulheres negras brasileiras nos EUA – e do Coletivo de Estudantes Negrxs Brasileirxs da Universidade de Columbia, AFRA.
Priscila ainda foi curadora da temporada 2023 do Theatro Municipal de São Paulo, jurada do Festival de Música da Paraíba, participante de inúmeros eventos e festivais e se apresentou em turnês aclamadas pela crítica na Europa e nos Estados Unidos, junto de grandes nomes da música clássica e artistas brasileiros, como Carlinhos Brown, Daniela Mercury, Margareth Menezes e Maria Rita.
Foto de capa: Divulgação.
LEIA MAIS: Cabo-verdiana Mayra Andrade faz show inédito no Festival Salvador Jazz