O projeto “Cor de Flora” realizará capacitações para estudantes, coletivos culturais e marcas autorais da moda em Recife sobre técnicas ancestrais de tingimento natural, enraizadas em culturas indígenas e afro-brasileiras aplicadas à moda sustentável. O curso, gratuito, será realizado ao longo dos meses de setembro e outubro, tem carga horária de 30 horas/aula e já possui encontros neste sábado, 14, e domingo, 15, no Museu da Abolição, na capital pernambucana.
Na ocasião, os participantes vão poder aprender sobre o uso de plantas e sementes, presentes no dia a dia, como casca de cebola, açafrão, casca de romã, eucalipto, folhas de goiabeira, urucum, pau-brasil e cochonilha e dar cores e identidades às vestimentas, de forma acessível, sustentável e com baixo custo.
Além de poder aprender sobre técnicas de tingimento, o público vai ter acesso a outras técnicas ancestrais, como estamparia e impressão natural utilizando sementes, raízes, caules, flores e folhas. A ideia é que, ao final da formação, seja realizada uma exposição com o resultado dos trabalhos produzidos ao longo do curso, para apresentação ao público em geral.
“Durante cada oficina, vamos colocar a mão na massa para ensinar como roupas do dia a dia ou para ocasiões especiais, a exemplo de camisas, bolsas, lenços, calças, blusas, vestidos, seja para criança, mulheres e homens, podem receber um toque especial e ficar elegante utilizando o processo de tingimento natural e estamparia botânica”, explica a idealizadora, oficineira e coordenadora geral do projeto, Kamila Nascimento.
Embora as vagas tenham sido preenchidas rapidamente, o público pode acompanhar os bastidores do projeto, por meio de publicações de fotos, vídeos, textos e depoimentos, pelo Instagram do “Cor de Flora”.
O projeto “Cor de Flora” é realizado com recursos da Lei Paulo Gustavo do Governo Federal operacionalizado pela Prefeitura do Recife, por meio da Secretaria Municipal da Cultura.
Foto de capa: Erlânia Nascimento.
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