Atlântico

Etiópia retoma Bolsa de Valores após mais de 50 anos para atrair investimentos

A Etiópia, país situado na região Oriental da África, inaugurou a sua primeira Bolsa de Valores desde 1974, a Ethiopian Security Exchange (ESX) no último dia 10 de janeiro, marcando um novo capítulo na atração de investimentos privados para o país e a abertura econômica, tradicionalmente controlada pelo Estado. Desde 2024, a Etiópia é parte dos BRICS, bloco de países emergentes que tem o Brasil como um dos membros.

A plataforma começou suas operações com apenas uma empresa listada, o Wegagen Bank, com planos para que até 90 empresas sejam incluídas nos próximos dez anos, de acordo com Tilahun Kassahun, diretor executivo. A companhia estatal Ethio Telecom, que se prepara para abrir seu capital, é uma das candidatas mais aguardadas para integrar a bolsa.

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Este é o primeiro mercado de ações formal do país desde que a bolsa anterior foi fechada em 1974, após a ascensão de um governo militar socialista. Com uma população de cerca de 130 milhões de habitantes, a Etiópia busca diversificar sua economia, que tem registrado algumas das maiores taxas de crescimento da África nas últimas décadas.

Especialistas afirmam que, no curto prazo, a bolsa terá foco nos investidores locais, dada a dificuldade de muitas empresas etíopes em atender aos padrões internacionais de transparência financeira e liquidez. A Ethio Telecom, com sua dimensão e posição no mercado, é vista como a única empresa atualmente capaz de atrair maior interesse internacional.

A inauguração da ESX ocorre em um contexto de ajustes econômicos no país, pois, recentemente, enfrentou um calote em Eurobônus e implementou a flutuação de sua moeda (o Birr etíope). Isso é parte de um acordo com o Fundo Monetário Internacional (FMI) para aliviar a crise de liquidez.

Foto de capa: Redes sociais/ESX.

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