O projeto “Faces Negras Importam” lançado através do Banco do Brasil, tem chamado atenção ao propor um resgate das narrativas de mulheres negras que marcaram a história, com o apoio da tecnologia. A iniciativa surgiu pois, ao utilizar a ferramenta de pesquisa do Google para buscar imagens de Maria Felipa, Luiza Mahin e Tereza de Benguela, o mesmo retrato de uma mulher utilizando turbante era apresentado.
A partir disso, a artista visual Ilka Cyana e as pesquisadoras Aline Najara da Silva Gonçalves, Rejane Mira e Silviane Ramos Lopes da Silva iniciaram um importante trabalho de, recriar os rostos destas mulheres, a partir de estudos e com o uso da Inteligência Artificial (IA), aliada a edições e técnicas artísticas, contribuindo para a preservação e melhor representação da histórias destas figuras.
Maria Felipa, Luiza Mahin e Tereza de Benguela são ícones da resistência afro-brasileira, cada uma protagonizando lutas marcantes por liberdade e justiça. Maria Felipa, marisqueira e capoeirista, liderou, junto a outras mulheres, ataques históricos contra tropas portuguesas durante a luta pela Independência da Bahia (1822-1823).
Luiza Mahin, descrita pelo seu filho Luiz Gama como uma “africana livre da Costa Mina”, foi peça-chave em levantes de escravizados na Bahia, articulando planos de insurreição. Já Tereza de Benguela liderou o Quilombo do Quariterê no século XVIII, governando por mais de 20 anos com sistemas de defesa, leis internas e estratégias que consolidaram a resistência quilombola no oeste do Brasil.
Além das imagens, o Banco do Brasil disponibilizou a história de cada uma das mulheres negras apresentadas em seu site oficial.
Confira as artes:



Foto de capa: Banco do Brasil.
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