A Câmara Municipal de Evanston, localizada no estado de Illinois, nos Estados Unidos, fez história ao anunciar a destinação de 10 milhões de dólares para subsidiar o programa de pagamento a moradores negros vítimas da discriminação racial, como consequência da escravização, nos próximos 10 anos.
A medida é uma maneira de reparação histórica pelos anos de escravidão, discriminação racial e seus efeitos. Para ter direito à indenização, o morador precisa ter vivido ou ser descendente direto de uma pessoa negra que morou na cidade entre 1919 e 1969 e sofreu discriminação devido às leis, políticas e/ou práticas locais.
A etapa inicial do projeto terá o custo de 400 mil dólares e será destinada para despesas habitacionais, podendo ser utilizadas tanto para reforma de casas, quanto para pagamento de hipotecas. Cada família contemplada receberá a quantia de 25 mil dólares.
O projeto é financiado por um imposto de 3% aplicado sobre as vendas recreativas de maconha, aprovada recentemente no estado.
Outros municípios querem aderir o subsídio
Evanston não é a única cidade que busca promover a reparação. Amherst, em Massachusetts; Providence, em Rhode Island; Asheville, na Carolina do Norte e, até mesmo, o estado da Califórnia estão procurando maneiras de reparação às comunidades negras, de acordo com a agência de notícias AP.
O presidente Joe Biden, 78, manifestou apoio à criação de uma comissão federal para estudar as reparações dos negros, uma proposta que está há décadas parada no Congresso.
Foto de capa: AFP/Getty Images.
LEIA TAMBÉM: Kanye West se torna o homem negro mais rico da história dos EUA
Ouça o episódio #10 – A segurança pública está a serviço de quem?:
Apoie a mídia negra nordestina: Financie o Negrê!
Graduada em Comunicação Social com habilitação em Publicidade e Propaganda. Redatora e repórter, atua com ênfase em diversidade, representatividade e negritude. Ganhadora do 1º Prêmio Neusa Maria de Jornalismo. Desenvolveu trabalho de conclusão de curso em Publicidade e Propaganda sobre a importância da comunicação no combate ao preconceito étnico-racial, atualmente cursa pós graduação em Jornalismo Digital e é correspondente internacional dos Estados Unidos para o Negrê.
