Feira Raízes Negras promove geração de renda e economia negra em Fortaleza

O 1º evento “Feira Raízes Negras – Conexões, Saberes e Legado” acontece nesta quinta-feira, 7, no Shopping RioMar Kennedy, em Fortaleza (CE). O evento é uma realização do Instituto João Carlos Paes Mendonça de Compromisso Social (IJCPM) com a Feira Negra Fortaleza e tem o objetivo de reforçar a importância do Dia da Consciência Negra, celebrado no próximo dia 20 de novembro, além de dar visibilidade para as pautas da população negra, com destaque para a geração de renda e a economia negra.

A programação inclui música com o DJ Fixter, bate-papo com Raquel Viana, Coordenadora Estadual de Mulheres do Movimento Negro Unificado (MNU), além de falas de representantes de organizações e movimentos negros da capital cearense.

Durante a feira, cerca de 20 afroempreendedores exibem e comercializam produtos de artesanato, turbantes, durags, bijuterias, bonecas pretas, quadros, roupas e livros de autores negros.

“Conseguimos dar visibilidade às ações desenvolvidas pela população negra no Estado e criar oportunidades de geração de renda. A pauta racial é responsabilidade de toda a sociedade, e, por isso, construímos ações em parceria”, afirma Nenzinha Ferreira, cofundadora e coordenadora do coletivo Feira Negra de Fortaleza.

Sobre a Feira Negra de Fortaleza

A Feira Negra de Fortaleza surgiu em 2019 para unir oportunidades de comercialização e valorização da cultura afro-brasileira. O coletivo nasceu como resposta ao Plano Municipal de Igualdade Racial de Fortaleza (Lei nº 9956/2012) e tem como objetivo dar visibilidade e estrutura ao afroempreendedorismo e à economia negra na cidade. Atualmente, o projeto reúne cerca de 80 afroempreendedores que participam de eventos em diversos espaços.

“Desde 2021, apoiamos este movimento que, por meio do artesanato, dos livros e outras peças, preserva e compartilha a ancestralidade afrobrasileira. Tudo o que é vendido é destinado aos próprios empreendedores, que têm o espaço de forma gratuita nos shoppings”, explica Edgard Cruz, coordenador de Gestão e Articulação Social do Instituto JCPM em Fortaleza.