O fotógrafo baiano Talbert Igor conquistou com a obra intitulada “Mestre Zé Verde – A Gaita Ancestral do Brejinho” o primeiro lugar no XII Prêmio Fotografia – Ciência e Arte, promovido pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). A fotografia retrata José João da Mata, conhecido como Zé Verde, um mestre remanescente da cultura popular do pífano, do município de Cipó (BA), cidade natal do fotógrafo.
O baiano Talbert, graduado em Cinema e Audiovisual pelo Instituto de Humanidades, Artes & Ciências Professor Milton Santos (IHAC) da Universidade Federal da Bahia (UFBA) e mestrando do Programa Multidisciplinar de Pós-Graduação em Cultura e Sociedade (UFBA), já havia conquistado o segundo lugar na XI edição da premiação, em 2021. O prêmio contempla imagens produzidas por estudantes de graduação e pós-graduação, graduados e pós-graduados, docentes, pesquisadores brasileiros e estrangeiros com visto permanente no Brasil.
Confira a fotografia premiada:
Para Talbert vencer, desta vez em primeiro lugar, reforça o compromisso e a seriedade que o mesmo tem com a pesquisa acadêmica que desenvolve e sua relevância para a construção de conhecimento. O artista também observa que o prêmio atenta para a valorização dos bens imateriais na cidade de Cipó.
“Sou oriundo da zona rural do sertão baiano, de escola pública e programa de assistência estudantil universitária. Ganhar esse prêmio também é uma reafirmação pessoal na crença da educação como força de transformação, é mais uma mostra da importância que a minha família e os incentivos públicos sociais tiveram para o meu desenvolvimento”. É o que declara o fotógrafo Talbert Igor.
O fotógrafo atualmente está estudando a linguagem fotográfica e planeja entregar como resultado da sua pesquisa de mestrado, além da dissertação, um livro-objeto fotográfico com imagens autorais que desenvolve desde 2015. Suas fotografias retrataram as mais variadas manifestações culturais populares cipoenses.
“Acredito na imagem como modo de estar no mundo, assim como na sua potência subjetiva, sensível, educadora e de transformação das realidades. Poder utilizar a fotografia para a construção de sentidos e conhecimentos, junto com a escrita acadêmica, é de uma satisfação enorme e me deixa muito contente”, diz.
A cerimônia de premiação acontece durante a reunião anual da sociedade brasileira para o progresso da ciência (SBPC) entre os próximos dias 23 e 29 de julho, em Curitiba (PR).
Confira seu trabalho
Instagram @talbert.igor
Foto de capa: Ana Pedrosa.
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Quando criança, sonhava em ser escritora. Hoje, é graduada em Letras e Jornalismo pela Universidade Católica de Pernambuco (UNICAP). Prêmio Neusa Maria de Jornalismo. Produtora cultural, simpática, TCC nota 10 e faz tudo.
