No último sábado, 22, a Fundação Cultural Palmares completou 32 anos de existência. Foi a primeira instituição pública do país para a promoção e preservação dos valores culturais e contribuições do povo negro para a construção da sociedade brasileira.
Desde 2003, é responsável pela emissão dos certificados às comunidades quilombolas, passo importante na garantia desses territórios.
Também está nas atribuições do órgão o apoio a eventos que discutam e celebrem a cultura afro-brasileira, além da promoção de intercâmbios com outros países para fins de pesquisas e estudos sobre os povos negros.
História
A Fundação Palmares foi fundada no ano em que se comemorava o centenário da abolição da escravidão, ocorrida em 13 de maio de 1888. Nasceu no início da redemocratização, no governo de José Sarney, após mais de 20 anos de estado de exceção no Brasil, a ditadura militar. É uma conquista do movimento negro brasileiro.
O nome escolhido é uma homenagem a Zumbi dos Palmares, símbolo nacional da resistência negra à escravidão e líder do Quilombo dos Palmares, um dos maiores da América Latina, localizado na Serra da Barriga, Alagoas.
Ocuparam a presidência do órgão o advogado Carlos Alves Moura (1988 – 1990/2000 – 2003), o poeta Adão Ventura (1990 – 1994), o historiador Joel Rufino dos Santos (1994 – 1996), a arquiteta Dulce Maria dos Santos (1996 – 2000), o historiador Ubiratan Castro de Araújo (2003 – 2007), o arquiteto Zulu Araújo (2007 – 2010), o advogado Elói Ferreira de Araújo (2011 – 2012), o diretor teatral Hilton Cobra (2013 – 2015) e o jornalista Sérgio Camargo (2019 – atual).
Polêmicas
A atual gestão da Fundação Palmares é alvo de críticas de alguns setores sociais por falas e atitudes polêmicas do presidente do órgão, como a publicação de um artigo contra a memória de Zumbi dos Palmares, retirado do site por meio de medida judicial.
Foto de capa: Regina Santos/Fundação Cultural Palmares.