Representantes do consórcio do Nordeste de governadores e da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) se reuniram em Brasília para discutir a demanda de importação de lotes da vacina Sputnik V, desenvolvida pelo Instituto Gamaleya (Rússia), que possui parceria com a empresa brasileira União Química.
Segundo o presidente do consórcio, o governador do Piauí Wellington Dias (PT), a equipe da Anvisa fez uma apresentação técnica, mas houve uma polêmica sobre o pedido de aprovação excepcional do uso do imunizante russo que seria importado pelos governos estaduais.
Os estados do Nordeste negociam quase 40 milhões de doses com o governo russo, mas a conclusão do contrato está condicionada à autorização por parte da autoridade sanitária local, a Anvisa. Já a agência informou que fará uma visita à Rússia para avaliar as condições de fabricação da Sputnik V. No entanto, os governadores nordestinos reivindicam que essa visita não seja uma condição para a permissão excepcional.
Para o governador do Piauí, a legislação brasileira prevê a validação da autorização excepcional quando um imunizante tiver recebido o aval de autoridade sanitária de uma série de países. O governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), no Twitter, questionou a posição da Anvisa de ir à Rússia para avaliar o pedido de importação, classificando-a como “inacreditável” diante da situação da pandemia no País.
Já Rui Costa (PT), governador da Bahia, criticou publicamente a Anvisa em relação à liberação do pedido de importação e uso emergencial da vacina Sputnik, contra o Covid-19. Segundo ele, a agência está demorando demais para autorizar a demanda do laboratório russo Gamaleya e cogita recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF).
A Anvisa divulgou uma nota informando que vai “buscar de forma proativa informações que busquem superar aspectos técnicos do pedido de importação da Sputnik feito pelos estados”.
A reunião foi realizada por vídeo-conferência e contou com a participação dos governadores de Acre, Alagoas, Amapá, Bahia, Ceará, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Rondônia e Sergipe.
Foto de capa: Reprodução.
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Jornalista por amor e opção. Já atuei em redação, produção externa e reportagem e assessoria de imprensa. Amante da fotografia. Agente Cultural. Tenho ainda Especialização em Gestão em Redes Sociais e Racismo e Subjetividade da População Negra. Transitei também em direção e edição de documentário. Recentemente, iniciei na literatura atuado como ghost writer de uma obra afro-brasileira.
