Ceará Pernambuco

Luiz Gonzaga é homenageado por Quinteto Violado e Orquestra Sinfônica da UECE

Em homenagem ao cantor e compositor pernambucano Luiz Gonzaga (1912-1989), o show “Gonzagão Sinfônico” acontece no próximo sábado, 23, a partir das 19 horas, no Cineteatro São Luiz, em Fortaleza (CE). Com 80 minutos de duração, o espetáculo vai trazer os grandes sucessos do Rei do Baião. O repertório terá também canções escolhidas entre as mais de 500 que foram registradas nos 56 discos gravados pelo “Velho Lua”, no qual se destaca “Asa Branca”, “Qui nem Jiló”, “Sabiá” e “Sala de Reboco”. Os ingressos estão sendo vendidos de forma online ou na bilheteria do teatro.

Há exatos 30 anos, o mundo perdia Luiz Gonzaga. Ele que se tornou ícone da região Nordeste do Brasil; o pernambucano, nascido na cidade de Exu, deixou um legado imensurável à música, levando o forró pé de serra para todos os cantos do mundo. Em celebração a sua existência, a Art Rec Produções apresenta “Gonzagão Sinfônico”, com produção da TM Produções; um projeto itinerante, que tem como atração principal o Quinteto Violado, acompanhado pelo talento da Orquestra Sinfônica da Universidade Estadual do Ceará (UECE), sob a regência do Maestro Alfredo Barros.

Sobre o Luiz Gonzaga

Luiz Gonzaga nasceu na Fazenda Caiçara, região de Exu, sertão de Pernambuco, no dia 13 de dezembro de 1912. Um dos oito filhos de Januário José dos Santos, o mestre Januário, “sanfoneiro de 8 baixos”, e Ana Batista de Jesus. Aos 13 anos, com dinheiro emprestado, compra sua primeira sanfona. Foi com o pai que Luiz aprendeu a tocar o instrumento.

Luiz Gonzaga (1912-1989). Foto: Arquivo Nacional.

Não era adolescente ainda quando passou a se apresentar em bailes, forrós e feiras, de início acompanhando seu pai. Após servir o Exército no Crato (CE), partiu para o Rio de Janeiro (RJ) e começou a participar de programas de calouros. Foi no programa de Ary Barroso, na Rádio Nacional, no qual se destacou ao ficar em 1º lugar com a música “Vira e Mexe”. Passou a gravar discos, como sanfoneiro para outros artistas. E quando tocava com a dupla Genésio Arruda e Januário, foi descoberto pela gravadora RCA Vitor e gravou seu disco de estreia.

Sobre o Quinteto Violado

Instituído em Pernambuco no momento pós-tropicalista (1971), o Quinteto Violado focou seu trabalho na música regional; valorizando a cultura brasileira através de trabalhos de pesquisa e agregando as experiências pessoais dos seus integrantes. A partir de então, o Quinteto e a sua identidade sonora, construída a partir do contrabaixo, violão, viola, flautas, teclados, percussão e vozes, alcançam pessoas em todo Brasil e também em vários países do mundo.

O seu estilo “Free Nordestino” se caracteriza pelos arranjos com a identidade nordestina e a influência da música do mundo. A música do Quinteto é orgânica, com personalidade local, e quando projetada, tem referências que independem de nacionalidade. É um som universal com fortes influências nordestinas e cosmopolitas na sua harmonia. Algumas poesias ou letras são dos próprios integrantes, mas a maioria é leitura do cancioneiro popular que recebe roupagem nova com arranjos transformadores.

Quinteto Violado. Foto: Sandro Lins.

Formado por Toinho Alves, Marcelo Melo, Luciano Alves (Ciano), Roberto Menescal e Eduardo de Carvalho Alves (Dudu), o Quinteto Violado é um patrimônio da música nacional, sendo reconhecido pelo próprio Luiz Gonzaga como um dos grupos que melhor representa sua música.

Sobre a Orquestra Sinfônica da UECE

O projeto da Orquestra Sinfônica da UECE (OSUECE) é uma ação tríplice de ensino, pesquisa e extensão que atua como um forte agente aglutinador de músicos de diferentes camadas sociais e alunos matriculados em cursos superiores da instituição. É, sobretudo, uma orquestra jovem que tem um compromisso de inclusão social e acadêmica. E abre perspectivas para a orientação e apoio àqueles estudantes de música que procuram uma oportunidade de ingressar na universidade. 

Com o projeto da orquestra iniciado em agosto de 2008, a OSUECE estreou um ano depois, em 2009. Desde então, trabalha um conjunto variado de obras em seu repertório, de compositores brasileiros em geral, com destaque especial para jovens compositores cearenses que desenvolvem atividade no Bacharelado em Composição da UECE, arranjos e adaptações de grandes obras populares e obras do repertório tradicional sinfônico.

Orquestra Sinfônica da UECE. Foto: Guilherme Silva.

É formada por cerca de 65 integrantes distribuídos dentre os naipes das madeiras, metais, percussão e cordas. A direção e regência titular é do professor Alfredo Barros, maestro e compositor, doutor em Artes Musicais pela Universidade do Texas, em Austin (EUA). E ainda professor de composição do Curso de Música da UECE, o maestro desenvolve projetos artísticos dessa natureza desde 1988.

Veja os detalhes

Gonzagão Sinfônico

Data: 23/09/2023 (sábado)
Horário: 19 horas
Duração: 80 minutos
Local: Cineteatro São Luiz
Endereço: Rua Major Facundo, 500 – Centro, Fortaleza (CE)
Classificação etária: Livre
Ingressos: Plateia inferior – R$ 120,00 (inteira) e R$ 60,00 (meia); Plateia superior – R$ 100,00 (inteira) e R$ 50,00 (meia)
Vendas: Plataforma do Sympla e na Bilheteria do Cineteatro (Horário de funcionamento: terça a sexta, de 9h30 às 18h, e aos sábados, de 9h30 às 17h)
Meia entrada: para estudantes, idosos, crianças entre 3 e 12 anos, Pessoas com Deficiência (PcD) e seu acompanhante, professores da Rede Pública de Ensino de Fortaleza, jovens pertencentes às famílias de baixa renda com idade entre 15 e 29 anos e doadores regulares de sangue. Em todos os casos, será necessário apresentar documento(s) comprobatório(s) e documento de identificação com foto.

Foto de capa: Reprodução.

LEIA TAMBÉM: Paulo Gonzaga lança versão gravada do curso online sobre masculinidades negras

Inscreva-se na newsletter do Negrê aqui!

Compartilhe: