O governo dos Estados Unidos vai compartilhar 80 milhões de doses de vacinas contra o Covid-19 com países de todo o mundo até o fim de junho, conforme comunicado divulgado na última semana. O Brasil será contemplado com parte das 6 milhões de doses destinadas aos países da América Latina, o que gera a expectativa de aceleração dos processos de vacinação em todo o país.
75% das doações serão realizadas através do consórcio Covax Facility e as demais serão divididas entre parceiros comerciais dos Estados Unidos, como México e Canadá, e países que enfrentam crises humanitárias e grandes surtos da doença, como os territórios palestinos de Gaza e da Cisjordânia.
“As vacinas e as quantidades específicas serão determinadas e compartilhadas à medida que o governo trabalhar por meio dos parâmetros logísticos, regulatórios e outros específicos de cada região e país”, diz a nota do governo Biden.
“Para quem não tem absolutamente nenhum estoque estratégico de vacina, qualquer quantidade já ajuda. Neste momento, cada ajuda, ainda que pequena, não pode ser criticada. Cada pessoa imunizada conta”, afirmou em entrevista à BBC News Brasil o médico Alexandre Naime, chefe de Infectologia da Universidade Estadual Paulista (Unesp), em Botucatu (SP).
“Não estamos compartilhando essas doses para garantir favores ou extrair concessões. Estamos compartilhando essas vacinas para salvar vidas e liderar o mundo para acabar com a pandemia”, afirma o governo Biden.
Com mais de 474 mil óbitos em decorrência da doença, o Brasil passa por um processo de vacinação lento, ao contrário da contaminação, que já atingiu mais de 17 milhões de habitantes.
Foto de capa: Tânia Rêgo/Agência Brasil.
LEIA TAMBÉM: Ceará é o 1º do Nordeste e o 4º do país que mais aplicou a segunda dose da vacina contra Covid-19
Ouça o episódio #14 – Por uma sociedade sem manicômios:
Apoie a mídia negra nordestina: Financie o Negrê aqui!
Comunicóloga pela Faculdade JK – Gama (Brasília-DF), apaixonada por entender e melhorar a jornada do usuário e a qualidade do atendimento. Cursa Mestrado e MBA em Comunicação Corporativa e Negócio na Escuela de Negocios Europea de Barcelona (ENEB), com o objetivo de aprimorar seus conhecimentos e habilidades em comunicação corporativa, estratégica e intercultural. Desenvolveu como Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) em Publicidade e Propaganda, uma pesquisa sobre a importância da comunicação no combate ao preconceito étnico-racial, com o objetivo de contribuir para uma sociedade mais inclusiva e respeitosa.