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Coalizão Negra por Direitos exige vacinação e retorno do auxílio emergencial

Atualizado às 21h51 do dia 10/03/2021

Foi no último dia 18 de fevereiro, durante o mês mais letal da pandemia do Covid-19 até agora no Brasil, com registros seguidos de novos recordes na média de mortes em 24 horas, quando também se iniciou o atual colapso no sistema de saúde em todos os estados, com porcentagens de ocupação em leitos de UTI acima de 70%, que a Coalizão Negra por Direitos publicou uma carta aberta direcionada às autoridades. O objetivo era mobilizar atos pelo retorno do auxílio emergencial em 30 cidades.

Até a suspensão, o benefício vinha secando. Na primeira etapa, o auxílio era de R$ 600 e contemplou 68 milhões de pessoas. Na segunda, que terminou em dezembro, passou para R$ 300 e atendeu 55 milhões de brasileiros. Com o fim do repasse do auxílio em janeiro e fevereiro, a população – maioria negra e periférica – ficou desamparada, sendo obrigada a sair de casa em busca de oportunidades.

Ato em São Paulo, na Avenida Paulista. Foto: Caio Chagas.

A coalizão critica a atual proposta do Governo, que vem sendo debatida no Congresso Nacional e entra em vigor neste mês de março. Seriam quatro parcelas de R$ 250 distribuídas para 45 milhões de brasileiros. De acordo com a consulta pública “Renda Básica que Queremos”, a principal reivindicação é que o auxílio seja restaurado ao valor inicial de R$ 600 e mantido até o fim da pandemia. 

“A atividade naquele dia foi entregar aos parlamentares dos níveis municipal, estadual e federal um manifesto redigido pela Coalização, que pede o retorno imediato do auxílio emergencial e a vacina para todos pelo SUS”, segundo a ativista da Coalizão Negra por Direitos da articulação de Pernambuco, Ingrid Farias. Ela também afirma que, até a presente data, não houve nenhum retorno das autoridades no sentido de escutar às demandas do movimento.

Em carta aberta, a Coalizão afirma: “É pela vida de milhões de brasileiras e brasileiros que a Coalizão Negra por Direitos reivindica a manutenção do auxílio emergencial e ampla política de vacinação contra o Covid-19”. 200 organizações negras assinaram o documento. É impossível desvincular o aumento de casos, do fim do auxílio. Posto que, a medida mais efetiva para conter o vírus depois da vacinação em massa, é o Lockdown. Uma alternativa que mexe principalmente com o bolso das famílias de baixa renda. 

Saiba mais

Leia o documento completo aqui.

Foto de capa: Divulgação.

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