Atualizado às 1h30 do dia 06/08/2021
“Enquanto houver racismo não haverá democracia!”. É o que diz o manifesto da Coalizão Negra por Direitos e o que reafirmaram a maioria dos parlamentares que compareceram ao ato de lançamento da campanha “Reforma racista não!” na Câmara dos Deputados, em Brasília, na tarde da última quarta-feira, 4. Momento em que também foi lançado o site da campanha.
Na ocasião, estiveram presentes a deputada federal pelo PT, Benedita da Silva, a ativista do movimento de mulheres negras, Vilma Reis, O Instituto Marielle Franco, a deputada federal pelo PSOL, Talíria Petroni, o deputado federal do PSB, Bira do Pindaré e o deputado federal pelo PCdoB, Orlando Silva.
Em suas falas, todos enfatizaram a questão da sub-representação de congressistas negros, partindo do exemplo da própria câmara, onde de 513 deputados, apenas 21 parlamentares se declaram negros. E como a reforma política pode agravar a situação.
Cinco pontos fundamentais
Existem cinco pontos que compõem a agenda mínima da campanha “Reforma racista não!”. Primeiramente, a coalizão é contra o voto impresso e o voto distrital. A agenda ainda é a favor da paridade de representação negra na política, e luta por uma ampliação ao acesso proporcional ao Fundo Partidário e ao tempo de propaganda eleitoral, também por cotas para as mulheres, a fim de garantir 50% das cadeiras legislativas e por uma reforma eleitoral discutida amplamente com a sociedade civil organizada.
A reforma política contida na proposta de emenda constitucional (PEC) 125 esteve em trâmite na Câmara na última terça-feira, 3. Atentos às possíveis alterações nas regras do jogo eleitoral e em seus impactos na população negra, a Coalizão se reuniu no mesmo dia com ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) para discutir os principais pontos da agenda eleitoral antirracista no país.
Saiba mais
Confira o site: www.reformaracistanao.org
Foto de capa: Matheus Carvalho.
LEIA TAMBÉM: Cotas: concurso Funsaúde garante pluralidade nos espaços de saúde do Ceará
Ouça o episódio #18 – Pretas nordestinas: Pesquisa Científica:
Apoie a mídia negra nordestina: Financie o Negrê aqui!
Quando criança, sonhava em ser escritora. Hoje, é graduada em Letras e Jornalismo pela Universidade Católica de Pernambuco (UNICAP). Prêmio Neusa Maria de Jornalismo. Produtora cultural, simpática, TCC nota 10 e faz tudo.