Entre os dias 23 a 25 de outubro, o Afropunk – maior festival de cultura negra do mundo – vai promover o “Planeta Afropunk: o povo negro é o passado, o presente e o futuro”, evento virtual e gratuito direcionado à comunidade negra mundial, com o propósito de celebrar a cultura, a arte e a história do povo negro.
O encontro virtual celebra os 15 anos do Afropunk que, devido à pandemia, teve a edição de 2020 adiada, incluindo o primeiro festival no Brasil, previsto para acontecer entre os dias 28 e 29 de novembro, em Salvador (BA).
A programação do evento é formada por artistas, empreendedores e ativistas de diversos lugares do mundo, os(as) quais irão movimentar os seis “destinos digitais”, onde serão realizados shows, debates, exposições e loja virtual.
Escolha dos artistas
“Agora, mais do que nunca, precisamos da resiliência e criatividade da nossa comunidade para manter nossa cultura viva e próspera”, ressalta a consultora estratégica da Afropunk, Nichelle Sanders, em razão da importância do festival, sobretudo diante dos recentes acontecimentos à comunidade negra.
A Bahia estará representando o Brasil no Planeta, com artistas e empreendedores pretes e baianes, sob a curadoria da artista Larissa Luz – uma das atrações do evento.
Larissa Luz foi a responsável por escolher os(as) artistas e bandas que irão se apresentar no Planeta Afropunk. “Eu tenho muito orgulho dos artistas da Bahia e do que se vem produzindo no estado! Estou feliz de ver um novo cenário se formando onde, enfim, pretos protagonizam”, comemorou em suas redes sociais.
Larissa também será uma das atrações baianas do evento, se apresentando junto com Carlinhos Brown. Além deles, artistas como Majur, Mahal Pita e Nêssa e os grupos Attoxxa, Afrocidade e Afrobapho serão algumas das atrações baianas do evento.
Solution Sessions Brasil
A mediação e a curadoria dos convidades foi feita pela empreendedora e comunicadora, Monique Evelle, responsável também pela mediação do Solution Sessions Brasil, com o objetivo de trazer os olhares de artistas e empreendedores pretes e baianes sobre temas como influência, black money e viagens.
“Como não só a dor nos une, precisamos pautar temáticas na perspectiva da abundância e da potência, e que também apontem soluções, caminhos e possibilidades”, explica Monique a respeito dos assuntos que serão discutidos no evento.
Monique também enfatiza a importância da realização de um festival feito de e para pretes no Brasil, sobretudo em Salvador, cidade mais negra fora da África. “O Brasil precisa se olhar no espelho, e o Afropunk é esse espelho. O espelho da autoestima, o espelho onde as pessoas se enxergam em suas particularidades, o espelho que aponta caminhos, o espelho que mostra o quão potente somos em comunidade”, afirma.
Para somar às discussões, participarão do evento: as influenciadoras Magá Moura e Luciellen Assis, o estilista Isaac Silva, o ator Sulivã Bispo, a produtora Val Benvindo, a chef de cozinha Lili Almeida, e a empresária Sauanne Bispo.
Festival Afropunk
Sem sexismo, sem racismo, sem capacitismo, sem etarismo, sem homofobia, sem gordofobia, sem transfobia, sem ódio: esses são os princípios do Afropunk, festival criado para celebrar as mais diversas manifestações de arte e cultura negra ao redor do mundo.
O evento, que acontece anualmente em Nova Iorque, Atlanta, Paris, Londres e Joanesburgo, traz em sua essência a influência negra no movimento Punk e as suas ideologias, incluindo o DIY (Do It Yourself, ou Faça Você Mesmo, na tradução para o português), pensamento radical e inconformismo social.
Para se inscrever e garantir sua presença no Planeta Afropunk, clique aqui.
Foto de capa: Divulgação.
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