“Quando eu tinha cinco anos, eu queria ser uma heroína, não uma princesa!”, foi o que disse a rapper paulista MC Soffia, 16, ao ser homenageada no evento, World Woman Hour: She’s My Hero, promovido pela organização sem fins lucrativos World Woman Foundation.
A solenidade aconteceu dia 11 de outubro, Dia Internacional da Menina desde 2012. A data comemorativa foi criada pela Organização das Nações Unidas (ONU), com o objetivo de eliminar desigualdades de gênero em todo o mundo.
No último dia 9, MC Soffia havia lançado seu novo material de trabalho, o single e o clipe de “Empoderada” ,nas plataformas digitais. Em uma semana, o clipe já ultrapassava a marca de 20.000 visualizações no YouTube.
Soffia ficou conhecida nacionalmente aos 10 anos, quando emplacou o sucesso “Menina Pretinha”, e desde então vem abordando questões sociais em suas letras. “Como no começo da minha carreira eu não tinha em quem me inspirar, eu queria ser essa inspiração para outras meninas”, afirmou a artista sobre dar voz às meninas negras.
Filha de militantes do movimento negro e nascida na Zona Oeste de São Paulo, Soffia começou a carreira aos 6 anos de idade, logo após participar do projeto “O Futuro do Hip Hop”.
#ElaéMinhaHeroína
MC Soffia foi a segunda homenageada da solenidade World Woman Hour: She’s My Hero, listada entre 60 mulheres, das quais apenas 19 delas são negras. Elas têm variadas idades, profissões, nacionalidades e histórias. Soffia figurou em meio a personalidades como: a ativista e neta de Winnie e Nelson Mandela, Swati Mandela, 61; a gamer conhecida como Xmiramira, Amira Virgil; a primeira mulher negra e CEO no Vale do Silício, Shellye Archambeau, 58; a modelo plus size e advogada, Precious Lee; e a representante permanente da união africana das Nações Unidas, Fátima Mohammed. Se elas são nossas heroínas hoje, é porque foram uma menina sonhadora no passado.
Foto de capa: Reprodução/Instagram.
LEIA TAMBÉM: 55 artistas afro-americanos estão na Billboard Hot 100 desta semana
Quando criança, sonhava em ser escritora. Hoje, é graduada em Letras e Jornalismo pela Universidade Católica de Pernambuco (UNICAP). Prêmio Neusa Maria de Jornalismo. Produtora cultural, simpática, TCC nota 10 e faz tudo.