A universidade mais antiga do mundo, Al-Qarawiyyin (pronuncia-se Al Quaraouiyine), está no Guiness Book e é considerada também pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) como a mais antiga do mundo, tendo sido fundada em 859 d.C.. A universidade está localizada em Fez, no Marrocos, e foi fundada pela então princesa da Tunísia, Fatima Al-Fihri. Acredita-se que, em seu auge, ela tenha abrigado 8 mil alunos, em meados do século XIV.
A instituição era inicialmente a madraça Mesquita dos Andalusinos, casa de estudos islâmicos. A princesa era de origem xiita e filha de um grande comerciante, Mohammed Al-Fihri. Depois de perder o pai, o marido e o irmão em um curto período de tempo, só restou a Fatima a sua irmã Miriam.
A herança do falecido pai foi o suficiente para garantir a independência financeira das duas. Depois de receberem a melhor educação da época, as irmãs resolveram usar de sua fortuna para contribuir com a população.
As madraças eram locais de culto, mas também de estudos. Em pouco tempo, a construção passou a ser usada como local de obtenção de conhecimento e, enquanto na Europa a Idade das Trevas minava as ciências, a universidade na região de Fez contribuiu grandemente nos estudos da filosofia, matemática, engenharia, medicina, entre outros.
A universidade Al-Qarawiyyin também contou com uma vasta biblioteca, considerada também a mais antiga do mundo, com mais de 4 mil livros e manuscritos raros. As instalações ainda existem e a universidade ainda está em atividade, mas possui critérios rígidos para a admissão de alunos. Como exemplo, estudantes que queiram uma vaga devem decorar todo o Alcorão.
Foto: Divulgação.
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Graduanda em Jornalismo pela UFMA, mulher negra nordestina. Estuda relações raciais na América Latina, o papel revolucionário da imprensa negra e alternativa, e movimentos sociais. Também ilustradora e amante da cultura maranhense.
