O filme “Malick”, inspirado na história de Modou Awa Dieye, um senegalês vítima de tráfico humano, concluiu suas filmagens em Porto Alegre (RS) e entrou na fase de pós-produção. O longa-metragem, dirigido por Cassio Tolpolar e codirigido pelo próprio Modou, ainda não tem data de estreia.
A trama acompanha a chegada de Modou ao Brasil após ser traficado para o Equador. Ao fugir de criminosos e atravessar o Peru e a Bolívia, ele conseguiu reconstruir sua vida no País. Em 2024, o Rio Grande do Sul registrou 27 mil autorizações para migrantes e refugiados, um aumento de 103,4% em relação a 2020, segundo a Polícia Federal. O filme aborda, então, imigração, tráfico humano e adaptação cultural, temas que refletem a realidade de milhares de refugiados no Brasil.
A produção adotou ações afirmativas, como a ampliação da presença de profissionais negros na equipe. No elenco, além de Modou, estão os senegaleses Fallou Kourouma e Mamadou Abdoul Vakhabe Sène, além dos brasileiros Álvaro Rosa Costa, Pâmela Machado, Frederico Vittola e Marcello Crawshaw.
“Malick” é o primeiro longa de ficção da produtora gaúcha Mamaliga Films e já participou de eventos como os laboratórios de roteiro Varilux e Luzes da Cidade, além de mercados audiovisuais e festivais internacionais. O filme é realizado com recursos da Lei Complementar n° 195/2022.
Foto de capa: Luís Ferreirah.
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Graduado em Jornalismo pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), descendente do Quilombo Pesqueiro de Conceição de Salinas, na Bahia, comunicador e repórter popular. Baiano apaixonado pelo Norte e Nordeste brasileiro, morou 11 anos no Amazonas, 1 no Ceará e 8 no Rio Grande do Norte.
