Conhecido por sua abordagem multicultural, o arquiteto africano Diébédo Francis Kéré, 56, foi o vencedor do principal prêmio de arquitetura do mundo, o Pritzker 2022. O anúncio foi feito pelos organizadores na última terça-feira, 15.
Tom Pritzker, presidente da la Hyatt Foundation, patrocinadora do evento, ressaltou que o burquinês foi premiado por seus projetos “pioneiros sustentáveis para a Terra e para seus habitantes em terrenos de extrema escassez”.
Dessa forma, o arquiteto se torna o primeiro africano a receber a mais alta honraria da área, além de 100 mil dólares e uma medalha feita em bronze, concedida pela Fundação Hyatt, responsável pela iniciativa.
Nascido em Gando, Burkina Faso, e radicado em Berlim (Alemanha), Kéré é uma das principais vozes da arquitetura do continente africano, empoderando e transformando comunidades.
Por meio de seu compromisso com a justiça social e o engajamento coletivo, bem como com o uso inteligente de materiais locais para conectar e responder ao clima natural, Kéré trabalha em países carregados de restrições e adversidades, onde arquitetura e infraestrutura estão ausentes.
Sobre Diébédo Francis Kéré
Diébédo Francis Kéré, natural de Burkina Faso, é arquiteto, educador e ativista social. Formado pela Universidade Técnica de Berlim, desde 2005 tem seu próprio escritório e fundação na cidade alemã, o Kéré Architecture. Conhecido pelos projetos sustentáveis, a expressão de suas obras ultrapassa o valor de um edifício.
Seus projetos incluem instituições escolares contemporâneas, unidades de saúde, habitação profissional, edifícios cívicos e espaços públicos – muitas vezes em terrenos onde os recursos são frágeis e escassos.
Kéré tem projetos na África, na Europa, nos Estados Unidos e na China, recebendo prêmios importantes, como o Aga Khan Award for Architecture, em 2004, e o Global Holcim Award, de 2012. Em 2017, fez trabalhos com a lendária Serpentine Gallery, de Londres.
Foto de capa: Lars Borges/Pritzker Architecture Prize.
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Sou um anovelado de devaneios ansiosos e utópico. Acadêmica de Jornalismo e Letras apaixonada pela poesia da vida e das belas artes… Ama gatos, praia, esporte e café! Guria de prosa nordestina que escreve com desmedido pudor de ver a lírica dos seus sentimentos desnudos numa folha de papel. Tenciona a escrever verso para que o mundo seja mais amor e menos ódio.