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Programa para ampliar negros em cargos de gestão é lançado pelo Governo Federal

O programa Formação de Iniciativas Antirracistas (Fiar) foi lançado pelo Governo Federal na última sexta-feira, 5. A ideia é aumentar o número de pretos e pardos (população negra) em cargos mais elevados, de gestores e líderes. As primeiras turmas serão formadas ainda nesse semestre.

A iniciativa é mais uma ação das políticas antirracistas do Governo Federal em busca de igualdade racial no País. O programa prevê cursos sobre as reservas de vagas para gestores pretos ou pardos e avaliação da Lei nº 12.990, que destina 20% das vagas dos concursos públicos na administração pública federal para profissionais negros.

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Primeira turma

As formações deverão ter início ainda neste semestre, como uma turma exclusiva de servidores negros em capacitação de liderança e outra para mulheres negras. Conforme o governo, as ações de curto a longo prazo, serão desenvolvidas pela Escola Nacional de Administração Pública (Enap) em parceria com o Ministério da Igualdade Racial.

A ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, destacou que o Fiar propõe cursos para carreiras específicas, como gestão de pessoas, visando reduzir as disparidades raciais dentro do serviço público. “Na medida em que os trabalhadores e trabalhadoras que se relacionam com a sociedade tomam consciência e aprendem a agir para promoção da igualdade racial, haverá uma mudança lenta, porém constante nas relações sociais que estabelecemos”.

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Os ministros Anielle Franco (Igualdade Racial), Esther Dweck (Gestão e Inovação de Serviços Públicos) e Silvio Almeida (Direitos Humanos). Foto: Wilson Dias/Agência Brasil.

Do total de 602 mil servidores públicos federais ativos, apenas 36,88%, o equivalente a 222 mil, são pretos ou pardos. É o que fornecem os dados da Enap.

Para o ministro dos Direitos Humanos e Cidadania, Silvio Almeida, o programa propiciará que especialistas do serviço público passem a entender a importância da raça na estrutura da administração pública e vice-versa.

Esse projeto de formação antirracista dá oportunidade para que façamos essa relação, que é tão difícil de ser feita. Exige, primeiro, daqueles que só estudam administração pública entendam de raça. Mas também exige daqueles que estudam raça que eles entendam também o funcionamento da administração pública e suas peculiaridades”, disse Silvio Almeida.

Objetivos

A formação ainda visa desenvolver capacidades de atuação de servidores no enfrentamento ao racismo, inserir a questão de raça nos programas de capacitação e formação de servidores. Além de realizar pesquisas e coleta de dados para a redução das desigualdades de gênero e raça no país.

Foto de capa: Jamil Ghani/Enap.

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