A atriz negra Cicely Tyson, indicada a dois Oscar, morreu na última quinta-feira, 28, aos 96 anos. O agente da artista, Larry Thompson, emitiu um comunicado à AFP, sem especificar as causas da morte: “É com pesar que a família da senhorita Cicely Tyson anuncia sua partida pacífica esta tarde”, relatou Larry.
Tyson foi um ícone de gerações de atrizes afro-americanas e estrela da Broadway. Sua estreia no cinema aconteceu em 1968, no filme “Por que tem que ser assim?” e, em menos de dez anos, foi indicada ao Oscar na categoria de Melhor Atriz, por seu trabalho no filme “Lágrimas de Esperança”.
Após a participação nesse filme, Tyson foi indicada ao Oscar em 1973, fato que a tornou conhecida mundialmente. A carreira da atriz se estendeu por mais de 70 anos, ao longo dos quais trabalhou em obras de sucesso, como “Tomates Verdes Fritos” e “Histórias Cruzadas”. Recentemente, participou da icônica série televisiva “How To Get Away with Murder”.
Durante sua trajetória, a atriz foi muito comprometida com o combate ao racismo e a justiça social nos EUA, inclusive, frequentemente recusou papéis que considerava que mantinham estereótipos raciais, como de empregadas ou prostitutas.
Cicely ganhou vários prêmios Emmy, equivalentes aos Oscar da TV americana, assim como um Tony por atuações teatrais. No ano de 2018, ela foi a primeira mulher negra a receber um Oscar honorário.
Foto de capa: Reprodução/Instagram.
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Jornalista em formação pela Universidade do Estado de Minas Gerais (UEMG) e afropesquisadora. Atualmente, estuda movimento negro e juventude em Minas Gerais, mas já aprofundou em racismo institucional e racismo e mídia. Também se interessa por cultura, música (principalmente rap nacional!) e política, sobretudo pelo modo que essas pautas dialogam com negritude no Brasil. É fotógrafa nos horários vagos (com a percepção e admiração pela maneira que a fotografia e o fotojornalismo narram realidades e perspectivas). Além disso, também é militante pelo Levante Popular da Juventude, comunicadora e coordenadora de cultura do Coletivo Negro KIANGA.