Com as dificuldades econômicas causadas pela pandemia do Covid-19 foi preciso criar uma ação emergencial para garantir aos quilombolas uma distribuição de renda. E, com esse movimento, tentar minimizar os impactos que o surto do Covid-19 trouxe para a economia e muitas famílias paulistas.
Além de amparar as pessoas que seguem em situações de vulnerabilidade à Comunidade Quilombola Vale do Ribeira, localizada no interior de São Paulo (SP), com suas práticas na agricultura, produz os alimentos que ajudam milhares de famílias do Jardim São Remo, favela localizada na zona leste paulistana.
Essas ações estão sendo bastante eficientes e contam com uma união forte entre a Cooperativa dos Agricultores Quilombolas do Vale do Ribeira (Cooperquivale), associações quilombolas, lideranças comunitárias e o Instituto Socioambiental, além de muitas outras. A partir desses vínculos, estão totalizadas oito entregas de alimentação, e no geral, somam mais de 150 toneladas de alimentos provenientes da própria roça quilombola e da pesca caiçara, assim proporcionando esse benefício para mais de 19 mil famílias.
“Nós trabalhamos com 16 comunidades quilombolas em quatro municípios: Eldorado, Iporanga, Jacupiranga e Itaoca. Cada comunidade tem um monitor. Quando chega no dia da colheita, a gente passa uma mensagem e organiza tudo com ele. O caminhão da cooperativa marca o dia para retirar o que foi produzido em cada comunidade. Na sede da cooperativa a gente descarrega os produtos e separa tudo, há uma variedade enorme de alimentos. Depois de separar, fazemos a pesagem para ter o controle do que vai ser distribuído”, conta o coordenador da Cooperquivale Michel Guzanchi sobre a rotina do Quilombo para o portal Uol.
Michel, tem 32 anos e é o mais novo coordenador da organização, representando 268 participantes da ação. Ele ainda comenta: “Sair da nossa comunidade para ir para a favela São Remo, carregando o nome da Cooperquivale no peito, é muito satisfatório. É fruto do trabalho que estamos fazendo com dedicação e carinho”.
*Com informações da plataforma Ecoa Uol
Foto de capa: Manoela Meyer/ISA.
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É natural de Lajes, interior do Rio Grande do Norte, mas atualmente reside em Natal. Tem 26 anos, com formação em Design de Moda. Está cursando o 6º período de Jornalismo na Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) e finalizando sua especialização em Design de Produtos de Moda pelo Senai Cetiqt.