O Banco Afro conquista a posição de maior fintech de impacto social preto. A iniciativa, voltada para o público negro e indígena brasileiro, completou 30 mil contas, o que representa um salto de quase 3.000% no número de contas cadastradas nos últimos quatro meses de 2020.
Na semana passada, o Banco Afro articulou e lançou o projeto Rede do Bem a fim de auxiliar pessoas negras e indígenas que estão em vulnerabilidade socioeconômica.
Acredita-se que uma das razões desse aumento foi declaração racista da co-fundadora do Nubank, Cristina Junqueira, durante o programa Roda Viva, da TV Cultura. Em outubro do ano passado, ela afirmou que tem dificuldades para contratar negros e negras para posições de liderança e que o banco “não pode nivelar por baixo”.
Em resposta a isso, a comunidade negra iniciou, então, um boicote ao Nubank, o que levou muitos clientes a se conhecerem e migrarem para o Banco Afro.
O Banco Afro é uma iniciativa que permeia a perspectiva do Black Money, desse modo, faz o dinheiro circular dentro da população preta e oferta o acesso ao crédito e aos outros serviços bancários de um banco tradicional de maneira simplificada e menos burocrática.
Foto de capa: Reprodução/Banco Afro.
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Jornalista em formação pela Universidade do Estado de Minas Gerais (UEMG) e afropesquisadora. Atualmente, estuda movimento negro e juventude em Minas Gerais, mas já aprofundou em racismo institucional e racismo e mídia. Também se interessa por cultura, música (principalmente rap nacional!) e política, sobretudo pelo modo que essas pautas dialogam com negritude no Brasil. É fotógrafa nos horários vagos (com a percepção e admiração pela maneira que a fotografia e o fotojornalismo narram realidades e perspectivas). Além disso, também é militante pelo Levante Popular da Juventude, comunicadora e coordenadora de cultura do Coletivo Negro KIANGA.