O Banco Afro lançou na última terça-feira, 12, o programa Rede do Bem, que impactará socialmente 30 mil pessoas das comunidades negra, refugiada e indígena. O projeto tem parcerias com a empresa Suvinil e a Madeira do Léo e almeja que os beneficiários recebam aporte financeiro (por meio do cartão de crédito do Banco Afro) e possam utilizá-lo em estabelecimentos alimentícios e farmácias.
Segundo os organizadores do projeto, o programa funcionará pelo aplicativo do Banco Afro. As pessoas em situação de vulnerabilidade socioeconômica podem se cadastrar e será possível fazer doações diretamente para elas. Desse modo, o dinheiro chega de forma rápida e prática para quem precisa. Além disso, integrantes e profissionais do Banco Afro afirmam que é possível utilizar o cartão de crédito para fazer compras, pagar contas, dentre outras possibilidades.
A Rede do Bem já impactou mais de 20 mil pintores e pintoras e mais de oito mil beneficiários diretos e indiretos, entre dependentes e familiares que receberam auxílio financeiro. Além disso, foram arrecadados cerca de cinco milhões de reais entre os 110 doadores que fecharam parceria. Neste ano, o banco pretende arrecadar 100 milhões de reais.
Banco Afro
O Banco Afro se intitula como uma fintech de impacto social, se distanciando da visão liberal e tradicional de outros bancos “convencionais”, uma vez que não apresenta uma visão financeira que busca unicamente o lucro. Sua atuação está ligada ao bem-estar social, à representatividade e à seguridade de pessoas negras e indígenas no Brasil.
Como empresa, o Banco Afro possui a conscientização na perspectiva do black money, considerando pautas importantes para a comunidade negra, como ampliar os ganhos para dividi-los de acordo com os projetos articulados pelo banco; fazer o dinheiro circular dentro da comunidade afro; e ofertar o acesso ao crédito e a outros serviços bancários de um banco tradicional, com a redução de filas, complicações e taxas.
Dentre os serviços disponibilizados, há conta digital, crédito e microcrédito, além dos meios de pagamento com criação de rede de distribuidores de maquininhas a partir do crescimento comunitário e articulação em rede, tecnologia para o terceiro setor, serviços financeiros de distribuição de renda para comunidades e o BAAS (acesso à tecnologia inclusiva e amigável).
Atualmente, além destes serviços, o Banco Afro é um e-wallet de pagamento, pois oferece suporte financeiro como cash in (via depósito), cash out (retirada do dinheiro), pagamento de conta, recarga de celular, TED e transferência entre pessoas.
As inscrições serão realizadas pelo app do Banco Afro, disponível na Play Store (Android) e App Store (IOS).
Mais informações disponíveis no site do Banco Afro.
Foto de capa: Divulgação.
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Jornalista em formação pela Universidade do Estado de Minas Gerais (UEMG) e afropesquisadora. Atualmente, estuda movimento negro e juventude em Minas Gerais, mas já aprofundou em racismo institucional e racismo e mídia. Também se interessa por cultura, música (principalmente rap nacional!) e política, sobretudo pelo modo que essas pautas dialogam com negritude no Brasil. É fotógrafa nos horários vagos (com a percepção e admiração pela maneira que a fotografia e o fotojornalismo narram realidades e perspectivas). Além disso, também é militante pelo Levante Popular da Juventude, comunicadora e coordenadora de cultura do Coletivo Negro KIANGA.