Com o intuito de unir arte, educação, entretenimento e economia criativa, a Casa Futuro promove atividades de educação antirracista e tem como missão reduzir desafios e tensões raciais e sociais que crianças negras e famílias pobres enfrentam no Estado do Ceará.
A Casa Futuro é uma iniciativa antirracista e antissexista cearense e tem sido produtor de diferentes formas de saberes e contribuições que ajudam a reagir diante do atual contexto de incertezas vivido pela sociedade brasileira.
O projeto conta com o apoio de uma pequena rede de amigos e professores universitários, localizado na comunidade Pôr do Sol, bairro Coaçu, em Fortaleza (CE).
Como surgiu
O projeto Casa Futuro surgiu a partir dos sonhos de uma mulher preta chamada Vaulice Pereira de Araújo (mãe de Danielle, Adriano e Antônia Araújo), moradora da comunidade Pôr do Sol desde sua ocupação, há 27 anos. Sua história atrelada com as narrativas do dia a dia da comunidade, criou seus filhos na condição de mãe solteira e com ajuda de toda tecnologia e economia comunitária do bairro.
Assim, a Casa Futuro se nutri na mente de Vaulice Araújo e nasce no encontro de Antônia Araújo, mulher negra macumbeira, sapatão, artista e antropóloga, com outra mulher negra, Alessandra Prudêncio, sapatão, atleta, carioca e analista de recursos humanos.
Nesse período de pandemia do Covid-19, devido às dificuldades e aos dilemas de mães e crianças que estão ociosas e desassistidas de educação, o projeto independente está focado no acompanhamento educacional infanto-juvenil desenvolvendo uma educação antirracista, bilíngue e diversa.
Como funciona
Para isso, uma das ações do projeto é a implementação da Lei nº 10.639, de ensino das relações étnico-raciais da história e cultura afro-brasileira e africana nos espaços educacionais e culturais. Com planos de aula afro-centrada em ensinar matemática, português e inglês para crianças negras de 7 a 9 anos de segunda à quinta-feira.
As crianças contam com um acervo de mais de 30 livros de literatura infanto-juvenil com temas sobre igualdade de gênero, relações étnico-raciais e sociais. Material este que foi financiado pela Fundação Nacional de Artes (FUNARTE) no Edital Bolsa Artista negro. Além disso, contam com jogos e brincadeiras afrocentrados para desenvolver o raciocínio lógico e capacidade de compreensão.
Foto de capa: Divulgação.
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Sou um anovelado de devaneios ansiosos e utópico. Acadêmica de Jornalismo e Letras apaixonada pela poesia da vida e das belas artes… Ama gatos, praia, esporte e café! Guria de prosa nordestina que escreve com desmedido pudor de ver a lírica dos seus sentimentos desnudos numa folha de papel. Tenciona a escrever verso para que o mundo seja mais amor e menos ódio.