A empresa de inovação e empreendedorismo, Djassia África, está procurando africanos ou afrodescendentes que possuem sua própria startup, negócio digital ou ideia de negócios em Portugal, por meio da iniciativa Afropreneurs. A ideia é identificar esses empreendedores e quais são seus negócios, para estabelecer estratégias de incentivo à Black Founders. O primeiro estágio da iniciativa consiste no preenchimento de um questionário, que ficará disponível até este domingo, 31.
Portugal é considerado um país favorável para empreendedores ao ter um cenário crescente e dinâmico para aqueles que buscam iniciar um negócio, seja ele digital ou não. O país está à frente de outros países europeus no desenvolvimento de suas startups; tendo um desenvolvimento de 52%, das startups em estágio de refinamento de seu negócio, enquanto outros países europeus têm uma porcentagem de 47% de desenvolvimento. Isso segundo levantamento feito pela empresa de dados Startisa em 2018.
Apesar de ter um ecossistema empreendedor que abraça novos negócios, ao fazer um recorte racial, nota-se que este ecossistema é majoritariamente branco, visto que os Black Founders de Portugal, consistem em menos de 1% deste mundo. O país dispõe de uma parcela de afrodescendentes nativos e recebe com frequência africanos e outros descendentes do continente em seu território. No entanto, o racismo estrutural interfere na ascensão econômica dessa população. Esse é apenas um dos motivos pelo qual Afropreneurs.pt deseja recolher dados e encontrar empreendedores negros.
Como funciona
Para que essa iniciativa de apoio aos afroempreendedores seja eficaz, a Afropreneurs precisa conhecer o perfil dos empreendedores que estão dando vida às startups e demais novos negócios. Além de saber qual é o tipo de negócio que esteja sendo desenvolvido, qual é a demanda de crescimento dos novos negócios no ecossistema e quais são as oportunidades de investimento de suas respectivas áreas neste cenário.
O preenchimento do questionário da Afropreneurs.pt é indispensável para a identificação dos afroeemprendedores, pois os dados disponíveis são escassos; o que dificulta o desenvolvimento de potenciais negócios inovadores. Por meio desde mapeamento, será possível: incluir Black Founders em redes de apoio e investimentos, suprir a falta de dados relevantes aos respeito desses empreendedores em Portugal, aumentar a visibilidade desse grupo no ecossistema de inovação português e diminuir os obstáculos para a progressão desses negócios no mercado.
Os estágios seguintes da iniciativa Afropreneus consiste:
1. Produção de um relatório que servirá de ponto de referência em relação à comunidade de afroempreendedores em Portugal;
2. Colaboração com o ecossistema português para o desenvolvimento de programas direcionados aos afroempreendedores;
3. Utilização dos dados recolhidos para estimular o diálogo e sensibilizar as diferentes entidades para as necessidades dos afroempreendedores em Portugal;
4. Implementação de estratégias para fomentar o investimento em startups e negócios digitais de afroempreendedores.
Saiba mais
O questionário se encontra disponível até este domingo, 31, no site oficial Afropreneurs.pt.
Foto de capa: Alexander Suhorucov/Pexels.
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Durante toda a minha formação, o ler, o escrever e o dialogar sempre me causaram entusiasmo; logo percebi que comunicar e trocar vivências me faz crescer, e por que não profissionalmente? Desde que aproximei meus laços com minhas origens, sou interessada principalmente em questões étnico-raciais e anseio colaborar com um Jornalismo que traga voz às narrativas pretas. Graduanda em Jornalismo pela Universidade Anhembi Morumbi (UAM), estagiei em uma agência de comunicação, produzindo e revisando textos publicitários.
