Atlântico Radar Negro

Para conhecer e se inspirar: mais 5 africanos que ganharam o Prêmio Nobel

Na semana passada, fizemos uma lista com 5 africanos que receberam o Prêmio Nobel. Dando continuidade à valorização de personalidades negras relevantes para o desenvolvimento social e humanitário, separamos mais 5 africanas e africanos que movimentam as estruturas sociais em prol de sociedades mais igualitárias e progressistas dentro do Continente Africano.

Confira a lista:

1. Kofi Annan – Gana

O diplomata Kofi Annan (1938-2018), nascido em Gana, foi responsável por representar a África Subsaariana e ocupar a Secretaria-geral da Organização das Nações Unidas (ONU). Sua passagem pela instituição foi potente e marcada pelo fortalecimento dos mecanismos globais de combate à Aids e criação dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável.

Kofi Annan (1938-2018). Foto: Site Na Prática.

Em 2001, Kofi recebeu o Nobel da Paz por sua atuação na ONU e por ter promovido um mundo mais organizado e pacífico com a criação do Fundo Global da Luta pela Aids, Tuberculose e Malária. Ferramenta para auxiliar países em desenvolvimento.

2. Ellen Johnson-Sirleaf – Libéria

A política Ellen Johnson-Sirleaf, 82, foi uma das outras mulheres contempladas no Nobel da Paz de 2011. Nascida em Monróvia (Libéria), ela é economista, ex-ministra das finanças e ex-presidente da Libéria, além de ser conhecida por ter sido a primeira mulher a se tornar chefe de Estado de um país africano, em 2006. 

Ellen Johnson-Sirleaf, 82 anos. Foto: Reuters.

Durante seu mandato, Johnson-Sirleaf colocou em prática programas de educação para mulheres do país e rompeu um grande paradigma político, ao instituir um tribunal para casos de estupros.

3. Desmond Tutu – África do Sul

O arcebispo Desmond Tutu, 89, foi o primeiro homem negro a ocupar o cargo de Arcebispo da Cidade do Cabo, na África do Sul. Além disso, dirigiu a diocese de Lesoto (país vizinho) e também tornou-se secretário-geral do Conselho das Igrejas da África do Sul.

Desmond Tutu, 89 anos. Foto: Alliance/DPA.

Em 1984, Desmond Tutu recebeu o Prêmio Nobel da Paz por sua contribuição pelos direitos civis na África do Sul. Abolição das leis que limitavam à circulação dos negros sul-africanos, o sistema educacional igualitário e o fim das deportações forçadas de pretos e pretas no país eram algumas de suas propostas. 

4. Leymah Gbowee – Libéria

Em 2011, três mulheres dividiram o Nobel da Paz, sendo duas delas da Libéria. Elas foram premiadas por suas lutas não-violentas em prol da segurança e pelos direitos das mulheres em participar do trabalho de construção da paz. Uma delas foi a política Ellen Johnson-Sirleaf, 82, citada acima, e a outra foi a ativista Leymah Gbwee, 48, que esteve no centro de um movimento que levou ao fim da segunda guerra civil na Libéria (1999-2003). 

Leymah Gbowee, 48 anos. Foto: Getty Images.

Ela incentivou as mulheres a realizarem as chamadas “greves de sexo”, rejeitando os parceiros em busca de um objetivo e essa mobilização foi importante para forçar o governo liberiano a negociar a paz com rebeldes, nos esforços subsequentes de desmilitarização no país.

5. Abiy Ahmed – Etiópia

Abiy Ahmed, 44, um engenheiro informático, militar, político, estadista etíope, é atual primeiro-ministro de Etiópia (desde 2018), além de ser presidente do Partido Democrata Oromo e líder da Frente Democrática Revolucionário do Povo Etíope. Coalizão esta dirigente desde 1991.

Abiy Ahmed. Foto: UNESCO.

Vencedor do Nobel da Paz, em 2019, recebeu o prêmio devido sua iniciativa decisiva para resolver o conflito na fronteira entre Etiópia e Eritreia, no leste africano. Ele  elaborou os princípios de um acordo para acabarem com o longo impasse entre os dois países. O acordo colocou um fim formal a 20 anos de uma guerra que deixou mais de 80 mil mortos, somente entre 1998 e 2000. 

Fotos de capa: Créditos embaixo de cada foto dentro da matéria.

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