A capital baiana, Salvador, recebe pela primeira vez o Festival Internacional do Audiovisual Negro (FIANB) em novembro com o tema que traz o conceito de “Transatlanticidade”, cunhado pela historiadora, professora e roteirista sergipana Beatriz Nascimento (1942-1995). A programação vai fazer parte do calendário Novembro Salvador Capital Afro. Antes, o festival acontecia na cidade de São Paulo (SP).
Inspirados em Maria Beatriz Nascimento, o festival de cinema vai fomentar os diálogos e as discussões sobre as diásporas negras e atlânticas, reunindo os territórios de África, América e Caribe. Isso através da reflexão sobre a distribuição e exibição de conteúdos do audiovisual negro. O anúncio foi feito pelo Secretário de Cultura e Turismo (Secult), Pedro Tourinho, na última quarta-feira, 13.
LEIA TAMBÉM: Aprender com Maria Beatriz Nascimento
Sobre Beatriz Nascimento
Maria Beatriz Nascimento nasceu em 17 de julho de 1942, na cidade de Aracaju (SE), mas aos sete anos de idade, mudou-se com sua família para o Rio de Janeiro (RJ). Graduou-se em História na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), fez pós-graduação na Universidade Federal Fluminense (UFF) e, quando faleceu, estava cursando Mestrado em Comunicação pela UFRJ.
Beatriz Nascimento era ativista, historiadora, teórica, professora, poeta e roteirista. Foi figura chave do movimento negro e atuou corajosamente no auge do período ditatorial no Brasil (1964-1985). A historiadora estudou a fundo e dissertou sobre a condição do negro no Brasil.
Foto de capa: Divulgação/Arquivo Nacional.
LEIA TAMBÉM: Programa Beatriz Nascimento de Mulheres na Ciência é lançado por Ministério