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Pela primeira vez, coleção traduz para o inglês trabalhos de Beatriz Nascimento

A coleção “In Front of the World” (Na frente do mundo), traduz pela primeira vez para o inglês, alguns trabalhos acadêmicos da autora sergipana Beatriz Nascimento (1942-1995). A iniciativa conta com a colaboração de sua única filha, a bailarina Bethania Gomes, 47. A tradução das obras foi financiada por uma bolsa da Antipode Foundation (EUA).

A historiadora Beatriz Nascimento nasceu em17 de julho de 1942, na cidade de Aracaju (SE), mas aos sete anos de idade, mudou-se com sua família para o Rio de Janeiro (RJ). Graduou-se em História na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), fez pós-graduação na Universidade Federal Fluminense (UFF) e, quando faleceu, estava cursando Mestrado em Comunicação pela UFRJ.

Beatriz Nascimento era ativista, historiadora, teórica, professora, poeta e roteirista. Foi figura chave do movimento negro e atuou corajosamente no auge do período ditatorial no Brasil (1964-1985). A historiadora estudou a fundo e dissertou sobre a condição do negro no Brasil.

Coleção

Entre os textos traduzidos na coleção, estão: “O conceito de quilombo e a resistência cultural negra”, “Por um (novo) território existencial e físico” e os poemas “sol e azul” e “sonho”. O conjunto de artigos é uma forma de introduzir formalmente o trabalho de Beatriz ao público da língua inglesa.

As ideias defendidas nos textos da historiadora levam a repensar políticas de raça, gênero e territorialidade, a partir da perspectiva da mulher negra latino-americana. Beatriz teorizava que o quilombo era não só um espaço de refúgio para escravizados, mas também a prática de uma política de sobrevivência dos negros na atualidade.

Confira na íntegra a tradução do trabalho realizado por uma das intelectuais mais influentes no período da ditadura no Brasil.

Foto de capa: Divulgação/Arquivo Nacional.

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