Radar Negro

5 iniciativas financeiras negras que você precisa conhecer

A cofundadora do Nubank, Cristina Junqueira, 34, deu uma série de declarações em rede nacional sobre o emprego de lideranças negras, quando entrevistada no programa Roda Viva, em outubro deste ano. Isso gerou indignação em relação ao banco digital por parte da população negra, assim como uma busca por empreendedores financeiros pretos que pudessem oferecer bancarização com dignidade à clientela. 

Pensando em fazer esse redirecionamento monetário? O Negrê apresenta algumas opções que você precisa conhecer: 

Ubuntu finanças

É uma administradora de recursos de Porto Alegre (RS) que está no mercado das criptomoedas desde 2017. Criada por Jeison Santos, a Ubuntu finanças tem uma equipe composta por 11 pessoas e 65% da base de clientes são negros. O objetivo é popularizar o mercado de investimentos. O projeto usa as dez moedas com maior valor de capitalização, o que faz que, mesmo sem ganhos garantidos, a empresa não tenha performance negativa.

Afrocard

O cartão é vinculado a uma conta digital, possui bandeira Visa Internacional e é administrado pela Brasil Fidelidade. Além disso, o Afrocard oferece vários benefícios: descontos em medicamentos; assistência domiciliar, automobilística, funeral e de morte acidental; rede de networking, sorteio de dez mil reais por mês e um aplicativo com benefícios exclusivos.

Banco Afro

O Banco Afro é fruto de uma ideia do gestor de tecnologia da informação, Diego Reis. Em 2019, o banco entrou em operação visando facilitar o acesso a contas digitais e microcrédito. Depois da fala racista de Cristina, a iniciativa experimentou um crescimento de 5.000%. Hoje, o banco tem 10 mil contas, e a previsão é que chegue a ter 500 mil contas no próximo ano.

D’Black Bank

Criado em 2018, o banco digital D’Black Bank tem como público-alvo a população afrodescendente brasileira. Oferece desburocratização e as melhores condições de crédito do mercado. O objetivo do banco é facilitar a vida econômica da população negra, que é a parcela que mais sofre com atos de discriminação em bancos físicos.

Conta Black

Fundada pelo publicitário Sérgio All em 2017, a Conta Black é a primeira conta digital voltada a pessoas negras do país. A ideia surgiu depois que Sérgio teve seu pedido de crédito negado. Destina-se a dissipar a exclusão financeira, atendendo principalmente às classes C, D e E e possui mais de dois mil cientes, dos quais 80% são negros. A previsão para o primeiro semestre deste ano era chegar à marca de 50 mil clientes. Uma das vantagens da Conta Black é obter crédito sem burocracia, acompanhado de educação financeira.

Parece que só despertamos para a variedade de bancos virtuais depois daquele fato lamentável. Mas, o ponto de partida da maioria das iniciativas listadas nesta matéria foi 2017, quando surgiu o Movimento Black Money (MBM) no Brasil. Organizado pela administradora Nina Silva e pelo educador financeiro Alan Soares, o projeto vem trazendo inovações ano após ano. A exemplo da maquininha de pagamento, Pretinha, do banco digital, D’ Black Bank e do marketplace, chamado Mercado Black Money. Além disso, ao longo da pandemia, o MBM concedeu à população um benefício semelhante ao auxílio emergencial.

Foto de capa: Adeolu Eletu/Unsplash.

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