Fazendo a união entre eletrônico e acústico, o cantor e compositor potiguar Manul Lira, 23, lançou o EP “Eletroacústico”, que transita nos gêneros musicais do Blues, Jazz, Neo Soul e Pop Music. Esse é o segundo EP realizado pelo cantor, que apresenta músicas autorais inéditas e aborda uma sonoridade nostálgica e atemporal, com músicas que revelam uma jornada do eu lírico entre a solidão e o autoconhecimento.
Para Manul, a arte tem sido um refúgio nos últimos tempos. “Estamos todos com medo, não podendo abraçar pessoas com a mesma segurança de antes, e a arte é um ótimo escape para nos sentirmos conectados por emoções para além dos receios desse momento em que vivemos”, ressalta o artista.
O EP visual foi gravado com instrumentos acústicos e elétricos, contando com quatro faixas sonoras: “Novo” (03:18), “Isolamento” (03:56) escrita e interpretada em parceria com Sâmela Ramos, “Linda Miragem” (04:18) e “Sem Você” (04:43). A união entre o eletrônico e acústico presente no EP proporcionou a convergência entre os ritmos. “A minha intenção foi gerar um encontro do clássico com o novo”, afirma o artista.
Com apenas 23 anos, o cantor já apresenta experiências e muita expectativa para os próximos passos. No ano passado, ele começou a lançar projetos musicais autorais em plataformas digitais, de forma totalmente independente, como seu primeiro EP intitulado “2020”. Antes disso, Manul Lira já se destacava na música local quando, em 2018, foi finalista do concurso Canta Sampaio Festival e, em abril de 2021, foi vencedor do Festival Talento Potiguar.
Para o conceito musical do EP, Manul Lira se inspirou em artistas como Michael Jackson, Alicia Keys, Brandy Norwood, Bruno Mars, The Weeknd, Stevie Wonder, Amy Winehouse, Ed Motta, Liniker, Tim Maia e Djavan. O projeto foi gravado em um único dia, e a estética dos videoclipes remetem aos visuais dos palcos e pubs dos anos 1920. De acordo com Manul, cantor e compositor do EP, a obra revela sobre sua história: “enquanto compositor de todas as músicas, estou contando minha história nos versos e entrelinhas. Calhou que as músicas nasceram em Jazz, Blues, Neo Soul e afins, foi como expressei o que eu precisava. Em projetos futuros posso me expressar através de um Pop Rock ou Bossa Nova. Não me limito quanto a isso”, revela o artista.
A produção inicial do projeto foi realizada no ano de 2020, em meio a um cenário cultural incerto devido à pandemia da Covid-19, e finalizada em 2021 com os recursos da Lei Aldir Blanc, por meio do edital Nº 008/2020, de Fomento à Cultura Potiguar (FJA). Além da linguagem musical, Manul Lira atua no Audiovisual e na Fotografia como produtor independente, e sua principal pretensão na música é lançar um álbum completo em 2022.
Foto de capa: Izabela Dumaresq.
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A jornalista potiguar Allyne Paz é apaixonada por arte e cultura. Há três anos é envolvida em produção audiovisual e trabalhou no setor de produção da TV Universitária do Rio Grande do Norte (TVU/RN) nos programas Cena Potiguar e Olhar Independente. Um dos seus trabalhos desenvolvidos na TVU foi o programa Peri, premiado como o Melhor Programa de TV Universitária, na última edição do Festival Aruanda (2019). Além da TV, foi diretora de produção dos curtas Mãe e Preta, produzido pelo Coletivo Mulungu, e do Asfixia, uma produção do projeto 70 Olhares, que é realizado pelo Ministério da Cidadania, com a produção do Instituto Cultura em Movimento – ICEM. Além disso, a jornalista tem experiência com assessoria de imprensa e produção de conteúdo para mídias sociais. Defende uma comunicação feminista e antirracista, pois sabe que ela acarreta melhorias na sociedade.