A minissérie Harry & Meghan (2022), lançada na plataforma da Netflix, traz a versão do casal Meghan Markle, 41, e no Príncipe Harry, 38, diante de tudo o que vivenciaram na Família Real Britânica, antes e após o casamento em 2018. E, para além disso, a experiência racial dela, uma mulher mestiça, e sua mãe, Doria Ragland, 66, uma mulher afro-americana. Tudo isso em meio ao assédio da imprensa.
Em formato de documentário e dividida em seis episódios de duração entre 40 e 60 minutos, o casal “atípico” conta a sua complexa jornada, desde o início do namoro secreto do membro real com a atriz americana. E a narrativa vai se desenrolando trazendo a versão deles diante de cada novo acontecimento.
Na série documental, é possível refletir sobre diversas e urgentes discussões a nível mundial, a exemplo do racismo orquestrado pela branquitude e os assédios midiáticos, praticados por aqueles que trabalham na mídia e estão em busca de um “furo jornalístico”. Isso em prol de dinheiro com as vendas de notícias. Histórias que, o tempo inteiro, tentam destruir a imagem e reputação de Meghan.
Além de mostrar a versão de Meghan e Harry, mostrando as razões pelas quais o casal decidiu se afastar da realeza britânica, a produção estampa o racismo “velado” que Meghan e sua mãe Doria vivenciaram. Várias formas de violência contra duas mulheres que estão fora do padrão e ideal racial para a família real. O que ainda desperta o telespectador para a questão da saúde mental (e sua preservação) dos envolvidos na história.
Assista ao trailer:
Ficha técnica
Harry & Meghan
Ano: 2022
País de origem: Estados Unidos
Classificação: 12 anos
Duração: 40-60 minutos
Gênero: Minissérie documental
Número de episódios: 6
Número de temporadas: 1
Direção: Erica Sashin e Liz Garbus
Disponível: Netflix
Foto de capa: Reprodução/Netflix.
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Jornalista profissional (nº 4270/CE) preocupada com questões raciais, graduada pela Universidade de Fortaleza (Unifor). É Gestora de mídia e pessoas; Fundadora, Diretora Executiva (CEO) e Editora-chefe do Negrê, o primeiro portal de mídia negra nordestina do Brasil. É autora do livro-reportagem “Mutuê: relatos e vivências de racismo em Fortaleza” (2021). Em 2021, foi Coordenadora de Jornalismo da TV Unifor. Em 2022, foi indicada ao 16º Troféu Mulher Imprensa na categoria “Jornalista revelação – início de carreira”. Em 2023, foi indicada ao 17º Troféu Mulher Imprensa na categoria “Região Nordeste” e finalista no Prêmio + Admirados Jornalistas Negros e Negras da Imprensa Brasileira em 2023 e 2024. Soma experiências internacionais na África do Sul, Angola, Argentina e Estados Unidos.