Primeira loja focada em moda afroautoral e sustentável, a Zarina Moda Afro, é inaugurada nesta quinta-feira, 15, a partir das 16 horas, em Recife (PE). O espaço ficará situado no 1° Centro Cultural e Gastronômico da Diáspora Africana e Povos Originários, no bairro da Boa Vista. Nesse empreendimento, o público poderá encontrar variadas roupas femininas, masculinas e infantis, feitas com tecido capulanas, oriundos de Moçambique e Senegal, países do Continente Africano. O projeto é dos empreendedores Jéssica Zarina e Rodrigo Zarina.
A festa de inauguração contará com participação especial dos grupos culturais do Afoxé Oxum Panda, DJ Kauna e Edú Àra Sangô. Parte da decoração do local tem uma pintura artística assinada pelo grafiteiro Cajú. Na loja, as pessoas também poderão encontrar acessórios para todos os públicos, além de artigos de decoração para casa.
Iniciativa e proposta
A ideia da Zarina Moda Afro veio em 2015, a partir de dois artistas negros periféricos: Jéssica Zarina, 29, mulher negra, candomblecista, bailarina afro, atriz, modelo, produtora cultural e artesã; personal stylist, e, também de Rodrigo Zarina, 32, homem negro, camdoblecista, músico percursionista, produtor cultural, estilista, costureiro e modelista.
Juntos, há mais de oito anos, eles têm o ateliê Quilombo de Xambá, na cidade de Olinda, na região Metropolitana do Recife. Naquela época, movidos pela vontade de empreender, eles investiram em máquina de costura, tecidos e camisas de malha. Agora, eles decidem inaugurar sua própria loja, que é um sonho antigo do casal.
Uma importante proposta da Zarina é a modelagem sustentável do negócio, pois é responsável pela geração de emprego para a comunidade, com contratação de costureiras da região, que trabalham na elaboração, ajustes e confecção das peças. Atualmente, são quatro costureiros e costureiras negros periféricos que fazem parte do time da mão de obra. Então, além de enaltecer o mercado da moda autoral, o empreendimento também contribui para a circulação de recursos dentro da própria comunidade.
“As nossas peças são feitas a muitas mãos, com carinho e muito afeto, que o nosso cliente merece. Temos um time de costureiros profissionais, na faixa dos 33 aos 60 anos, que nos ajudam para que as peças ganham forma, acabamento e chegam às vitrines”. É o que diz Jéssica Zarina, empreendedora e uma das responsáveis por assinar a criação e modelagem de roupas.
Comunidade de empreendedores
Além de vender roupas em tecido capulana, que valorizam a ancestralidade e cultura africana, o espaço da Zarina Modas vai abrigar ainda outros empreendimentos e marcas ligadas à moda afroautoral. São elas: Aucilene Santana, da marca @ateliefioseformas, que usa tecido e material sintético para fazer bolsas e acessórios; Oluyiá França, tecnóloga em Design de moda e técnica em figurino, gestora da @oluyiaFranca e apresenta peças únicas, atemporais bordadas com influência da cultura afro-latina-americana; e Juliana Araújo, artista visual, artesã, idealizadora e criativa da “Do meu flui”, que vende adornos autorais pintados à mão; e a Duife, especializada em novos estilos a partir das roupas oriundas de garimpos.
O Centro Cultural e Gastronômico da Diáspora Africana e Povos Originários, no bairro da Boa Vista, onde ficará a loja Zarina Modas funciona, ainda, com mais três afroempreendimentos nas áreas de beleza, Gana Hare, gastronomia Dunajeum e bebidas artesanais com a Licoteria Capibaribe.
Confira detalhes
Inauguração da Zarina Moda Afro
Quando: 15/06/2023, quinta-feira
Horário: a partir de 16h
Local: Centro Cultural e Gastronômico da Diáspora Africana e Povos Originários
Endereço: Rua da Santa Cruz, nº 174, bairro da Boa Vista, Recife (PE)
Instagram: @zarinamodaafro
Foto de capa: Reprodução/Instagram.
LEIA TAMBÉM: Vera Baroni recebe título de cidadã recifense