Skip to content
quinta-feira, outubro 02, 2025
  • Contato
  • Equipe
  • Login
  • Sobre
    • FUNDO NEGRÊ
  • Notícias
    • Améfrica e Diásporas
    • Atlântico
    • Arquivo Negrê
    • Mundo
    • Radar Negro
    • Reportagem
  • Olhares
    • Artigos
    • Análise
    • Colunas
    • Institucional
    • Publieditorial
  • Pretarte
    • Escrita Negra
    • Som de Preto
    • Tela Preta
  • Narrativas
    • Negril
    • Percursos
    • Pretassa
    • Raízes
    • Vozes
  • Black Nordeste
    • Alagoas
    • Bahia
    • Ceará
    • Maranhão
    • Paraíba
    • Pernambuco
    • Piauí
    • Rio Grande do Norte
    • Sergipe
  • Especiais
    • África Sustentável
  • pt Portuguese
    en Englishfr Frenchpt Portuguesees Spanish

Advertisement
Pretarte

Três Luzes: quando a escuridão coletiva se torna um elo

5 de setembro de 20245 de setembro de 2024Grasieler MartinsComment(0)

Um blecaute envolve um prédio em escuridão. Uma mulher, isolada em um elevador suspenso a 23 metros do chão, se vê aprisionada pela ausência de energia. Na penumbra, luzes e sombras se mesclam, desbloqueando memórias de seu passado e seus pais. Em sobreposição, as contradições da história da humanidade.

Recém chegado à Terra da Luz, o monólogo Três Luzes, apresentado pela atriz Cássia Damasceno e dirigido pelo cineasta Aristeu Araújo, começa com a história de uma mulher presa em um elevador devido a um blecaute que atinge toda a cidade. As histórias da família de ambos os autores surgem, com medos e sonhos presentes. 

Em entrevista exclusiva ao Negrê, Cássia relata que o projeto nasceu durante a pandemia quando estavam confinados em meio à escuridão e incerteza do futuro. Sendo artistas e sem público algum, Cássia e Aristeu desenvolveram o espetáculo como uma forma de se manterem vivos, sem cogitar a possibilidade de apresentá-lo a um público. Seus devaneios os levaram a escrever o roteiro baseado em escuridões coletivas. 

“Como a história da mãe dele [Aristeu] e a do meu pai têm a ver com o mundo, pensamos em multiplicar essas histórias. Então, ampliamos para que elas contemplassem todas as pessoas, porque todo mundo tem pai e mãe, ou é filho. Isso já contempla as pessoas de alguma forma, seja porque o pai é ausente, seja por outro motivo”, conta a atriz. 

Introduzido na temática das escuridões coletivas, o monólogo explora as dificuldades da vida e como, às vezes, a sociedade falha em cuidar de nós. Atualizado a cada nova apresentação, o espetáculo inclui pesquisas sobre tragédias recentes, como as chuvas e os alagamentos em Porto Alegre (RS) e a guerra em Gaza, que ainda acontece. Além disso, reflete sobre a ancestralidade e origem humana, evidenciando como o ser humano é capaz de criar tanto coisas que beneficiam à humanidade quanto àquelas que a destroem.

A ideia é que as pessoas possam interpretar essas informações de diferentes maneiras, de forma democrática. Foto: Thaís Grechi.

“Desde o início, eu quis contar a história do meu pai, que é muito preciosa para mim. Meu pai não conseguiu voltar para casa depois de um evento traumático, e eu sempre quis explorar isso, essa realidade de muitas pessoas, principalmente pretas. Meu pai viveu uma vida de escravo, indo de fazenda em fazenda, sendo abusado, sem ter o que comer, dormindo embaixo de pontes. Como essas histórias não são registradas, sentimos a necessidade de contá-las, porque existem coisas ainda piores na humanidade. A peça mistura alguns aspectos pessoais e ficcionais, mas é baseada em nossas experiências”. É o que Cássia relata. 

De sonhos à apagamentos

Ao partir do ethos de como a sociedade apaga as pessoas e seus sonhos – especialmente as pessoas negras, o monólogo traz à reflexão sobre necessidade de produção massiva para a sobrevivência e o impacto em nossos sonhos e nos sonhos de nossos pais. “Você já pensou nos sonhos dos seus pais?”. Era o que a atriz questionava durante sua encenação. O objetivo é fazer o público ponderar que, se hoje, nós sonhamos, é porque nossos pais se abdicaram do seus para nos criar.

A atriz relembra que: “Meu pai, por exemplo, tinha muitos filhos para alimentar, e essa era a vida dura dele. Era uma vida dura só para alimentar os filhos. Eles – pai e mãe – abriram a mão dos seus sonhos. Então, por isso, a gente joga para a plateia. Você já pensou nos sonhos dos seus pais? […] Eu nunca tinha pensado”.

Foto: Lina Sumizono.

De sonhos com energia elétrica, água e casa própria, os medos e as fobias sociais são explorados e pensados no intuito de causar identificação com o público. “Hoje, parece que temos mais medo do que antes. Temos muito medo de relacionamentos, de diversas coisas. […] E vamos trabalhar com elas, trazendo fobias mais atuais, fobias curiosas, para refletir sobre o medo que criamos, o medo que nos aprisiona. Porque não se trata apenas de uma pesquisa superficial; é algo profundo”. É o que a atriz Cássia fala. 

Ao utilizar a metáfora de estar presa aos medos e às tragédias da vida humana, sejam elas passadas ou recentes, o monólogo explora a ideia de se tornar atemporal. A proposta é criar uma obra que ressoe em qualquer época e seja transmitida com sensibilidade, unindo histórias reais em torno da escuridão.

Saiba mais

Conheça mais: Instagram @3luzes.

Foto de capa: Lina Sumizono.

LEIA TAMBÉM: CAIXA Cultural Fortaleza recebe o monólogo “Três Luzes”

Inscreva-se na newsletter do Negrê aqui!

Compartilhe:
Grasieler Martins

Estudante de Jornalismo pela Universidade Federal do Ceará (UFC). Com uma paixão por contar histórias ignoradas pela mídia tradicional, dedica-se ao jornalismo de denúncia e celebração, principalmente ao jornalismo negro. Busco potencializar as vozes não ouvidas e trazer à tona narrativas raciais e sociais que importam: a celebração e resistência negra. Acredito no poder transformador da informação e no papel do jornalista como agente de mudança, comprometida com a justiça social e promoção da diversidade.

Tagged blecaute, caixa cultural, cassia, cassia damasceno, monologo, tres luzes

Leia Também

Radar Negro

Cinco filmes de Chadwick Boseman que você precisa assistir

31 de agosto de 202031 de agosto de 2020Keyti Souza

Atualizado às 20h25 do dia 31/08/20 O ator Chadwick Boseman, 42, falecido na última sexta-feira, 28, teve a carreira marcada pelo icônico filme Pantera Negra (2018). Porém, Boseman interpretou outros personagens marcantes em 12 filmes nos últimos sete anos, entre 2013 e 2020. A maioria das obras é baseada em histórias reais, retratando personalidades importantes […]

Mundo Radar Negro

10 brasileiros negros estão em lista dos 100 afrodescendentes mais influentes de 2020

14 de outubro de 202014 de outubro de 2020Beatriz Nascimento

A lista dos 100 Afrodescendentes mais Influentes de 2020 (Most Influential People of Africa Descendent, MIPAD) foi divulgada na abertura da 74ª Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU). O evento, do mesmo modo que a premiação, é resultado da resolução nº 68/237 da ONU, que determina a Década Internacional de Afrodescendentes de 2015 […]

Tela Preta

Autonomia, sexualidade, liberdade e universo feminino negro na série Ela quer tudo

1 de julho de 202122 de julho de 2021Larissa Carvalho

O Julho das Pretas já começou e na editoria Tela Preta vamos indicar produções do cinema que focam no universo e protagonismo feminino negro. A nossa primeira indicação deste mês em que homenageamos nossas mulheres pretas é a série Ela quer tudo (2017), que tem como personagem principal a preta Nola Darling (DeWanda Wise). Criada […]

Navegação de Post

Rachel Reis se despede da tour no Nordeste com show em Salvador
Rachel Reis lança “Ensolarada”, primeiro single de seu próximo álbum

Colunistas

Ana Paula Holanda
Cientista social e mestra em Sociologia, ambos pela Universidade Estadual…
Gabriel Cabral
Historiador pela Universidade Federal do Ceará (UFC), atuando como…
Guido Melo
Nascido em Salvador, Bahia, Guido Melo é pesquisador…
Larisse Santos
Mulher-preta-cearense, filha de Maria do Carmo. Assistente Social e mestra em…
Paulo Gonzaga
Psicólogo e Especialista em Saúde Mental e Atenção Básica pela Escola…
Rayssa Okoro
Rayssa Okoro (Ada Okoro - nome igbo) é médica formada pela…

Mais posts

Exposição “Com amor, Alcione” estreia no Centro Cultural Vale Maranhão

12 de fevereiro de 202525 de fevereiro de 2025Redação

Nigéria é 1º país africano a ter equipes masculina e feminina de basquete na mesma Olimpíada

25 de julho de 202125 de julho de 2021Karoline Tavares

Princesinha de Favela e o valor de nossas produções

5 de abril de 20235 de maio de 2023Dhara Amorim

Museu Nacional da Cultura Afro-brasileira reabre com exposição “Um Defeito de Cor”

7 de dezembro de 20237 de dezembro de 2023Flávia Banastor

The Weeknd faz doação de US$ 1 milhão para reduzir a fome na Etiópia

13 de abril de 202113 de abril de 2021Larissa Carvalho

Negrê Podcast e Saúde Preta

about

Modos de ver, ser, sentir e escrever sobre questões raciais

Nosso portal de notícias e mídia preta nordestina amplifica vozes negras e seus múltiplos olhares. O Negrê tem como princípio um jornalismo antirracista e é um desejo de contribuir na luta contra o racismo na sociedade, imprensa e mundo, enquanto agente catalisador.
Leia mais

Instagram: @sitenegre

[instagram-feed]

Mapa do Site

  • Sobre
    • FUNDO NEGRÊ
  • Notícias
    • Améfrica e Diásporas
    • Atlântico
    • Arquivo Negrê
    • Mundo
    • Radar Negro
    • Reportagem
  • Olhares
    • Artigos
    • Análise
    • Colunas
    • Institucional
    • Publieditorial
  • Pretarte
    • Escrita Negra
    • Som de Preto
    • Tela Preta
  • Narrativas
    • Negril
    • Percursos
    • Pretassa
    • Raízes
    • Vozes
  • Black Nordeste
    • Alagoas
    • Bahia
    • Ceará
    • Maranhão
    • Paraíba
    • Pernambuco
    • Piauí
    • Rio Grande do Norte
    • Sergipe
  • Especiais
    • África Sustentável

Negrê Indica!

  • Afoitas
  • África do Jeito que Nunca Viu
  • África Mamba
  • Cajueira Newsletter
  • Ceará Criolo
  • Coar Notícias
  • Correio Nagô
  • Eufêmea
  • Kilombas Podcast
  • MamyCast
  • Mangue Jornalismo
  • Marco Zero
  • Meus Sertões
  • Mídia Caeté
  • O Pedreirense
  • Ponta de Lança Podcasts
  • Portal Assobiar
  • Rádio e TV Quilombo
  • Soteropreta
© 2020 - 2025, Site Negrê - Por uma mídia negra nordestina
  • Todos os direitos reservados
  • Contato
  • Equipe