O Covid-19 resultou em um grande número de mortes nos Estados Unidos, três a quatro vezes maior entre as populações negras e latinas em relação às pessoas brancas. Os dados são de acordo com a pesquisa desenvolvida pela PNAS (Proceedings of the National Academy of Sciences of the United States of America).
Como consequência, o esperado é de que o Covid-19 reverta mais de 10 anos do progresso realizado na redução da lacuna entre negros e brancos na expectativa de vida e diminua a vantagem anterior de mortalidade em mais de 70%.
O estudo mostra também que essa foi a maior queda anual na expectativa de vida nos últimos 40 anos e que não se atingia números nesse marcador desde 2003. Comprova também que a expectativa de vida nos Estados Unidos referente ao ano de 2020 será reduzida em 1,3 anos devido a pandemia do Covid-19.
As informações confirmam que a baixa expectativa de vida pode persistir após 2020 devido à contínua mortalidade pelo vírus e por seus impactos de longo prazo na saúde, nos aspectos sociais e econômicos. Tudo isso é o reflexo das desigualdades estruturais persistentes que aumentam o risco de exposição ao Covid-19 e a mortalidade dos infectados.
A expectativa de vida é uma importante ferramenta para examinar o impacto diferencial da Covid-19 na sobrevivência das populações. No período anterior a pandemia, as melhorias anuais na expectativa de vida nos Estados Unidos foram baixas, mas o recuo da expectativa de vida geral raramente ocorreu.
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Foto de capa: Life Matter/Pexels.
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Graduada em Comunicação Social com habilitação em Publicidade e Propaganda. Redatora e repórter, atua com ênfase em diversidade, representatividade e negritude. Ganhadora do 1º Prêmio Neusa Maria de Jornalismo. Desenvolveu trabalho de conclusão de curso em Publicidade e Propaganda sobre a importância da comunicação no combate ao preconceito étnico-racial, atualmente cursa pós graduação em Jornalismo Digital e é correspondente internacional dos Estados Unidos para o Negrê.