Um levantamento realizado pela empresa de dados estatísticos jurídicos e inteligência artificial, Data Lawyer, demonstra que o crescimento de causas trabalhistas denunciando racismo no ambiente de trabalho cresceu 11% em 2020 comparado ao ano anterior. No total, foram 1.900 ações protocoladas na Justiça.
Restaurantes e empresas de call center estão no primeiro lugar do ranking de ações por racismo no trabalho. O valor inicial dessas causas ultrapassa R$ 402 milhões de reais. Segundo a Data Lawyer, São Paulo lidera o ranking em número de processos registrados, com 672 casos, seguido do Rio Grande do Sul, com 237 ações, e de Minas Gerais, com 141.
O analista legal da Data Lawyer, Júlio César Martins, explica que os dados foram extraídos no dia 28 de dezembro do ano passado. Segundo ele, a quantidade de processos rastreados no Brasil pelo sistema da empresa foi de 7.378.835, de 2017 a 2020.
Dos processos analisados, 7.179 processos continham o termo racismo em peças iniciais e decisões. A ferramenta de Data Lawyer possui 94% de assertividade.
Foto de capa: Pexels.
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Jornalista em formação pela Universidade do Estado de Minas Gerais (UEMG) e afropesquisadora. Atualmente, estuda movimento negro e juventude em Minas Gerais, mas já aprofundou em racismo institucional e racismo e mídia. Também se interessa por cultura, música (principalmente rap nacional!) e política, sobretudo pelo modo que essas pautas dialogam com negritude no Brasil. É fotógrafa nos horários vagos (com a percepção e admiração pela maneira que a fotografia e o fotojornalismo narram realidades e perspectivas). Além disso, também é militante pelo Levante Popular da Juventude, comunicadora e coordenadora de cultura do Coletivo Negro KIANGA.