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Ketanji Brown Jackson é a primeira juíza negra da Suprema Corte dos EUA

Ketanji Brown Jackson, 51, é a primeira juíza negra da Suprema Corte dos Estados Unidos. O Senado Americano aprovou na última quinta-feira, 7, a indicação do presidente Joe Biden, 79, e a magistrada assumirá cargo vitalício a partir do segundo semestre de 2022. A decisão foi tomada em uma sessão presidida pela atual vice-presidente norte-americana Kamala Harris, 57.

Ketanji Jackson é a sexta mulher a assumir o cargo na Suprema Corte Americana e será juíza de segunda instância na Corte de Apelações do Distrito de Colúmbia (Carolina do Sul). Ao longo de sua carreira, trabalhou como defensora pública por dois anos em Washington, D.C. e fez parte de uma comissão responsável por fazer recomendações sobre sentenças federais.

Filha dos professores que viveram no período de segregação racial, a juíza cursou Direito na Universidade de Harvard (Harvard University) em Cambridge (Massachusetts), onde foi sub-editora da publicação Harvard Law Review e se destacou em torneios de debate e oratória. Sua principal inspiração foi seu pai, que decidiu mudar de profissão quando ela ainda era criança. Ele cursou Direito e se tornou advogado.

Indicar uma mulher negra fazia parte das promessas de campanha do presidente Biden. Mesmo sendo alvo de diversos ataques e após passar por uma dura sabatina que durou cerca de 23 horas, Jackson assumirá a função após a saída do atual ministro Stephen Breyer, 83, que deixará o assento até junho deste ano.

Ao longo da sessão, a ministra foi fortemente atacada pelos republicanos, mas também recebeu muitos elogios dos democratas. Durante todo o processo de nomeação, Jackson procurou demonstrar imensa gratidão pelo apoio de sua família e defendeu que, independente de religião, é capaz de separar seus valores pessoais de sua atuação profissional.

A juíza é casada com o médico cirurgião Patrick G. Jackson, 46, com quem tem duas filhas.

Foto de capa: Jacquelyn Martin/AP/Arquivo.

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