A poeta e ativista Marguerite Ann Johnson, também conhecida como Maya Angelou (1928-2014), será a primeira mulher negra a estampar as moedas de dólar de 25 centavos, uma das mais utilizadas nos Estados Unidos. A homenagem faz parte do programa “American Women Quarters”, que celebra mulheres de grande representatividade na história dos Estados Unidos, dentre elas Sally Ride, astronauta e primeira mulher a ir ao espaço, e Anna May Wong, primeira atriz de sucesso de ascendência asiática.
Nascida em 1928, na cidade de Saint Louis, no estado de Missouri (EUA), Maya Angelou dedicou a sua vida à arte e ao ativismo, marcado pela defesa dos direitos civis e da luta contra a segregação racial nos Estados Unidos. Sua escrita denunciava as violências enfrentadas pela comunidade negra, além de compartilhar as suas dores e traumas sofridos na infância.
Aos 15 anos, Maya se tornou a primeira motorista negra de ônibus em São Francisco e foi mãe solteira em uma época em que isso não era comum. Em anos posteriores, ela se tornou roteirista, diretora, atriz, cantora, escritora e ativista do movimento negro contra a segregação racial junto com Martin Luther King Jr. e Malcolm X.
Ela é autora de mais de 50 obras, entre poesias, autobiografias e livros de culinária, e já foi premiada com cinco Grammys, uma indicação ao Prêmio Pulitzer, além de ser chancelada a mais de 30 títulos honorários. Uma de suas obras mais conhecidas se chama “I Know Why the Caged Bird Sings” (Eu Sei Por que o Pássaro Canta na Gaiola).
Em 1992, apresentou o poema ‘No Pulso da Manhã’ durante a cerimônia de posse do ex-presidente Bill Clinton. Ela foi a primeira mulher negra a apresentar um poema em uma celebração presencial. Em 2010, o então presidente Barack Obama concedeu à Angelou a Medalha Presidencial da Liberdade, a mais alta honraria do país.
Maya Angelou morreu em 2014, aos 86 anos, em decorrência de problemas cardíacos e da saúde fragilizada.
Foto de capa: Reprodução.
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Estudante de jornalismo, curiosa e reflexiva por natureza. Adora investigar e questionar tudo que interessa. Já teve experiências como cinegrafista e roteirista de documentários. Amante das artes e da justiça.
