Nesta segunda-feira, 18 de janeiro, é celebrado o Dia de Martin Luther King nos Estados Unidos, um dos principais líderes negros na luta contra a discriminação racial e a favor dos direitos civis para a população negra nos EUA. Bernice King, 57, uma das filhas de Martin se pronunciou sobre sua mãe, Correta Scott King (1927-2006) nas redes sociais.
Coretta Scott King foi responsável por manter a memória do seu marido, inaugurando o The Martin Luther King, Jr. Center, três meses após o assassinato do líder e ativista, em 4 de abril de 1968.
O The Martin Luther King, Jr. é uma Organização não-Governamental (ONG) sem fins lucrativos que objetiva fazer mudanças substanciais de maneira não-violenta, seguindo a linha de militância do líder Martin Luther King e mantendo vivo o seu legado.
O pastor e ativista estadunidense Martin Luther King Jr. (1929-1968) carregou durante sua trajetória uma política de moderação e não-violência, que obteve uma projeção grandiosa e expansiva na luta por direitos civis nos Estados Unidos, além de inspirar pretos e pretas por todo o globo.
Sem dúvidas, esse legado não existiria sem a contribuição, luta e força de Coretta Scott King. Uma mulher preta que apesar da dor da perda e do luto, se movimentou para consolidar a trajetória de luta de Luther King como exemplo de luta contra o racismo.
Bernice tuitou:
“Ao homenagear meu pai hoje, por favor, honre minha mãe também. Ela foi a arquiteta do King Legacy e fundadora da @TheKingCenter, que ela fundou menos de três meses após a morte de papai. Sem #CorettaScottKing não existiria o Dia do Martin Luther King”.
Scott King viveu até os 78 anos e morreu em 30 de janeiro de 2006, no México, vítima de um câncer no ovário. Apesar de fazer aniversário no dia 15 de janeiro, os americanos celebram a vida do grande líder sempre na segunda-feira posterior, considerando o Dia Nacional de Martin, mais conhecido como #MLKDay.
Foto de capa: Gene Herrick/AP.
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Jornalista em formação pela Universidade do Estado de Minas Gerais (UEMG) e afropesquisadora. Atualmente, estuda movimento negro e juventude em Minas Gerais, mas já aprofundou em racismo institucional e racismo e mídia. Também se interessa por cultura, música (principalmente rap nacional!) e política, sobretudo pelo modo que essas pautas dialogam com negritude no Brasil. É fotógrafa nos horários vagos (com a percepção e admiração pela maneira que a fotografia e o fotojornalismo narram realidades e perspectivas). Além disso, também é militante pelo Levante Popular da Juventude, comunicadora e coordenadora de cultura do Coletivo Negro KIANGA.