O Museu das Civilizações Negras (MCN), fundado em 21 de dezembro de 2011, está localizado em Dacar, capital de Senegal. O espaço engloba a maior coleção de arte africana em uma área de 14 mil metros quadrados, de acordo com informações do portal e-GLOBAL. O custo da inauguração, ocorrida em seis de dezembro de 2018, foi de 1,5 mil milhões de Franco CFA (Communaute Financiere Africaine), moeda senegalesa.
“O museu não será somente para negros, mas também para civilizações de raça mista”, é o que aponta o diretor-geral do Museu das Civilizações Negras, Hamady Bocoum. Indivíduos de todas as culturas terão espaço na instituição para expressar suas manifestações em exposições e conferências. O ex-presidente senegalês, Leopold Sedar Senghor, foi o primeiro a propor a ideia de um museu sobre as civilizações da África Negra.
“Em dois níveis, os visitantes viajarão do Neolítico para a multiplicidade de culturas africanas, através da Idade do Ferro, para entender as contribuições da África para o patrimônio científico e técnico”, é o que afirma presidente do Senegal de 2000 até 2012, Abdoulaye Wade. No museu, há uma cenografia moderna com as últimas tecnologias, fazendo o diálogo entre pinturas, esculturas, máscaras e obras-primas.
18.000 peças de arte farão parte do acervo a fim de preservar os valores culturais do povo negro além do legado do continente africano para o mundo. Há 52 anos, Senegal era aclamada como a capital da civilização negra, durante a abertura do primeiro Festival Mundial das Artes Negras, ocorrido de 1º a 24 de abril de 1966. Artistas, como a atriz Aminata Fall, o poeta Aimé Césaire, o escritor André Malraux, o compositor Duke Ellington, o escritor e etnógrafo Jean Price-Marte, a cantora Joséphine Baker e o poeta Langston Hughes estavam presentes.
Senegal é um país situado na África Ocidental e membro da União Econômica e Monetária do Oeste da África (WAEMU). Sua população é de 15,85 milhões, conforme dados de 2017 do Banco Mundial. Já sua capital, Dacar, concentra um saldo populacional de mais de 1,056 milhões de pessoas, segundo a Organização das Nações Unidas (ONU) em 2011.
Parceria chinesa
Senegal contou com o apoio da República Popular da China para consolidação do projeto. “É esse destino comum que nos une e continua dando um impulso dinâmico no fortalecimento de nossas relações de amizade e cooperação”, é o que declara o diplomata chinês Xia Huang.
Jornalista profissional (nº 4270/CE) preocupada com questões raciais, graduada pela Universidade de Fortaleza (Unifor). É Gestora de mídia e pessoas; Fundadora, Diretora Executiva (CEO) e Editora-chefe do Negrê, o primeiro portal de mídia negra nordestina do Brasil. É autora do livro-reportagem “Mutuê: relatos e vivências de racismo em Fortaleza” (2021). Em 2021, foi Coordenadora de Jornalismo da TV Unifor. Em 2022, foi indicada ao 16º Troféu Mulher Imprensa na categoria “Jornalista revelação – início de carreira”. Em 2023, foi indicada ao 17º Troféu Mulher Imprensa na categoria “Região Nordeste” e finalista no Prêmio + Admirados Jornalistas Negros e Negras da Imprensa Brasileira em 2023 e 2024. Soma experiências internacionais na África do Sul, Angola, Argentina e Estados Unidos.