Naomi Osaka, japonesa de 22 anos, vem fazendo história no tênis mundial. Ela conquistou seu segundo título de US Open (torneio de tênis que acontece nos Estados Unidos), ao vencer a bielorrussa Victoria Azarenka por dois sets a um. A tenista entrou na lista dos 100 nomes mais influentes de 2020, divulgada pela revista Times na última terça-feira, 22.
A vitória da japonesa, que sempre se posicionou abertamente quanto às causas raciais e sociais, foi histórica para o movimento negro norte-americano. Osaka foi uma das atletas que mais levantou a bandeira antirracista nas últimas semanas, o que trouxe bastante visibilidade não apenas para o movimento, mas também foi motivo de muita reflexão dentro do esporte.
Todas as vezes em que entrou em quadra nas últimas partidas, a atleta usou uma máscara com o nome de uma pessoa negra morta em decorrência do racismo e da brutalidade policial nos Estados Unidos. A manifestação da tenista buscou justiça para Breonna Taylor, Elijah McClain, Ahmaud Arbery, Trayvon Martin, George Floyd, Philando Castile, Tamir Rice e todos os negros e negras que sofrem com as consequências do racismo todos os dias.
Perfil pessoal
Naomi é filha de mãe japonesa e pai haitiano e nasceu em Osaka, no Japão, mas se mudou para a Flórida aos três anos de idade. Mesmo vivendo há tanto tempo nos Estados Unidos, optou por competir pelo Japão no circuito mundial. A jovem, considerada a mais promissora tenista da atualidade, superou a marca de Serena Williams no ranking dos atletas mais bem pagos do mundo.
Em 2018, Naomi se tornou a primeira japonesa a ganhar um Grand Slam (torneio anual de tênis) ao derrotar Serena na decisão do US Open. Na ocasião, houve muitos debates quanto à nacionalidade japonesa da atleta devido à descendência haitiana e por viver nos Estados Unidos.
A tenista, que tem como principais hobbies moda, videogames e fotografia, tem um jeito único que contrasta entre a timidez fora das quadras e uma personalidade firme durante as partidas.
Foto de capa: Divulgação/WTA.
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Graduada em Comunicação Social com habilitação em Publicidade e Propaganda. Redatora e repórter, atua com ênfase em diversidade, representatividade e negritude. Ganhadora do 1º Prêmio Neusa Maria de Jornalismo. Desenvolveu trabalho de conclusão de curso em Publicidade e Propaganda sobre a importância da comunicação no combate ao preconceito étnico-racial, atualmente cursa pós graduação em Jornalismo Digital e é correspondente internacional dos Estados Unidos para o Negrê.
