Em um mundo onde a saúde mental dos jovens negros enfrenta uma desenvolução significativa, como revela a última pesquisa do Ministério da Saúde (2019) – eles têm 45% mais chances de cometer suicídio. Diante desse cenário, práticas como a yoga surgem como artifício de acolhimento e equilíbrio entre mente e corpo, especialmente para corpos negros, historicamente marcados pelo medo e pela hipersexualização.
“Desde que me tornei professora de Yoga, venho lutando para tornar essa realidade diferente”, publicou a professora cearense Clah Mendonça em sua conta no Instagram. Defensora da democratização do yoga para pessoas negras, Mendonça observa que, muitas pessoas negras, devido à problemática do embranquecimento, ainda relutam em reconhecer sua identidade e origem. Essa desconexão com suas raízes culturais, aliada à falta de protagonismo em muitos espaços, pode agravar questões emocionais e psicológicas.
O Yoga de negro surge, então, como uma prática que não apenas promove o bem-estar físico, mas também a reconexão com o ser e a sua ancestralidade.
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A cearense destaca a importância de tornar o Yoga acessível para pessoas negras. E, para isso, está oferecendo aulas com vagas gratuitas para mulheres pretas, como uma forma de promover a inclusão. As vagas gratuitas estão disponíveis para a prática de Yoga no próximo dia 12 de fevereiro, no Aterro da Praia de Iracema, em Fortaleza (CE).
Para as vagas pagas, as inscrições podem ser feitas através de um formulário específico, com valores entre R$ 30,00 e R$ 40,00. Parte da arrecadação será destinada para que mais mulheres pretas possam participar gratuitamente.
Confira detalhes
Data: 12/02/25 (quarta-feira)
Horário: 18h
Local: Aterro da Praia de Iracema, próximo ao espigão da Av. Rui Barbosa
Inscrição: R$ 30,00 ou R$ 40,00 (parte destinada a mulheres pretas de forma gratuita)
Informações: Instagram @yogadenegro
Foto de capa: Reprodução/Instagram.
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Estudante de Jornalismo pela Universidade Federal do Ceará (UFC). Com uma paixão por contar histórias ignoradas pela mídia tradicional, dedica-se ao jornalismo de denúncia e celebração, principalmente ao jornalismo negro. Busco potencializar as vozes não ouvidas e trazer à tona narrativas raciais e sociais que importam: a celebração e resistência negra. Acredito no poder transformador da informação e no papel do jornalista como agente de mudança, comprometida com a justiça social e promoção da diversidade.