O escritor e compositor Nei Lopes, 80, foi convidado a abrir o projeto “100 anos sem Lima Barreto”, que terá início nesta terça-feira, 15, em homenagem ao escritor brasileiro nascido durante a escravidão no Brasil (1535-1888). Considerado uma autoridade em cultura afro-brasileira; Nei estará a partir das 16 horas, no Sesc Mogi das Cruzes, em São Paulo (SP), para refletir sobre o tema “Lima Barreto e o mito da pátria desejada”.
Além de escritor, um crítico atual
Lima Barreto (1881-1922), um homem negro e carioca nascido durante o período escravista no Brasil, é lembrado por suas obras marcadas pela crítica as estruturas sociais, delineadas pela desigualdade no Brasil. Barreto se aprofunda na temática racial e reflete a respeito dos muros criados pelo racismo para a população negra brasileira. O triste fim de Policarpo Quaresma (1915) está entre uma de suas obras mais conhecidas.
A homenagem do Sesc Mogi visa trazer à tona as reflexões feitas pelo revolucionário escritor e o quão atual elas permanecem, 100 anos após sua morte. Nesta homenagem, o escritor e compositor brasileiro Nei Lopes, considerado uma autoridade na Diáspora África-Brasil, irá dirigir a primeira palestra do projeto.
A programação contará com palestras, oficinas e apresentações gratuitas mediadas por artistas e pesquisadores, com inscrições antecipadas que já se encontram abertas por meio do site oficial Sesc Mogi das Cruzes (SP).
LEIA TAMBÉM: 25 de março no Ceará: entre esquecimentos
Sobre o palestrante
Nascido em 1942 em Irajá, subúrbio do Rio de Janeiro (RJ), é conhecido por suas contribuições ao Dicionário Houassis da Língua Portuguesa. O cantor é formado em Direito e Ciências Sociais pela Faculdade Nacional de Direito (FND-RJ) e possui mais de quarenta livros publicados. Dentre suas obras, estão a Enciclopédia Brasileira da Diáspora Africana, o Dicionário da História Social do Samba (Prêmio Jabuti – Livro do Ano), Mandingas da Mulata Velha na Cidade Nova, Vinte Contos e Uns Trocados e Partido-Alto, Samba de Bamba.
Programação
15/11 (terça-feira) – 16h
Bate papo de abertura com compositor, escritor e pesquisador Nei Lopes;
Tema: “Lima Barreto e o mito da Pátria Desejada”
16 a 18/11 (quarta a sexta-feira) – 19h
Diário Íntimo de Lima Barreto – uma oficina com o poeta, músico, artista multimídia Ricardo Aleixo;
22/11 (terça-feira) – 20h
Crônicas Barretianas – uma palestra com Cidinha da Silva;
25 e 26/11 (sexta-feira e sábado) – 20h
Espetáculo Traga-me a Cabeça de Lima Barreto com a Hilton Cobra e a Cia dos Comuns;
Saiba mais
Inscrições: aqui!
Saiba mais em: 100 anos sem Lima Barreto
Foto de capa: Divulgação.
LEIA TAMBÉM: Trajetória e obra de Lima Barreto inspira podcast da Rádio Batuta
Apoie a mídia negra nordestina: Financie o Negrê aqui!
Durante toda a minha formação, o ler, o escrever e o dialogar sempre me causaram entusiasmo; logo percebi que comunicar e trocar vivências me faz crescer, e por que não profissionalmente? Desde que aproximei meus laços com minhas origens, sou interessada principalmente em questões étnico-raciais e anseio colaborar com um Jornalismo que traga voz às narrativas pretas. Graduanda em Jornalismo pela Universidade Anhembi Morumbi (UAM), estagiei em uma agência de comunicação, produzindo e revisando textos publicitários.
